domingo, setembro 30, 2007

Seatting here,
with laziness without end
Five o'clock, and these walls just moving closer
I scream out, that is over

we're just like superstars

O criativo David Fonseca tem colocado vários webisódios curiosos no seu blog sobre o lançamento do novo álbum. O meu preferido talvez seja o seguinte. Pelo ambiente à volta, a forma como está filmado, o que diz e como é reflexivo. Aquele campo de basquetebol parece-me ser em Leiria.

sexta-feira, setembro 28, 2007

há pessoas

Porque é que os falinhas mansas falsos conseguem-se safar?!
Porque é que as pessoas em geral não desconfiam deles e percebem que as mentiras constantes fazem parte de alguém que finge importar-se, mas só se finge importar-se se isso lhe puder trazer vantagens ou o coloque melhor na "fotografia". Quando acham que não estão a ser "filmados" (cerca de 95% do tempo) mostram o quanto se estão a cagar e tentam aparecer o menos possível. Curioso existirem pessoas assim.
Serão felizes com esse modo de agir? Sentem-se bem com elas próprias? Viver na falsidade, nas falinhas mansas, nos elogios constantes e irritantes que querem "comprar" a simpatia dos outros é bom?

heróis ranhosos

Quando estamos constipados o mundo é um lugar diferente. Tudo o que fazemos é feito com mais sacrifício. Exercício físico é para esquecer.

Facto positivo. A voz "rofenha" acaba por se tornar numa voz grave e profunda agradável e boa para locução. Pena que depois desapareça.

NOTA MENTAL: grava no novo ipod para mais tarde recordar.

terça-feira, setembro 18, 2007

imagens efémeras

Às vezes custa mudar. A mim, pelo menos. Comprei uma nova máquina fotográfica, bem melhor. Às vezes sinto nostalgia para com a antiga, velha e muito fraquita, mas que me deu tantas fotos e momentos para recordar. Foi a primeira, foi especial.


12 542 fotos (2,62 GB)


Este foi o número exacto de fotografias tiradas pela máquina antiga. Sendo que 3 800 foram tiradas em Itália este Verão. A máquina nova, comprada no último dia de Agosto, já tem 524 fotos para mostrar.

noites destas

O que não fazer numa noite de segunda-feira: correr atrás de uma barata asquerosa no quarto, depois de ela nos ter perseguido a nós.


A noite não será passada tranquilamente!

sexta-feira, setembro 14, 2007

ver-se a si próprio no futuro

Quando era pequeno imaginava-me de muitas formas quando fosse mais novo. Uma dessas formas era sempre com aspecto novo e jovial, mais do que os outros. Há pessoas que têm sempre características fisícas novas, não é o meu caso.

stoned imaculate

"I pressed her thigh and death smiled"

sexta-feira, setembro 07, 2007

o improvável

A 10 metros de colocar a chave na porta de casa para entrar, uma mosca entra em excesso de velocidade pelo olho adentro... e não sai... fica por lá presa. Depois de muito esfregar e, a cambolear, entrar em casa e na casa de banho, para chapinhar àgua no olho, lá consegui tirar o bicho... brrrk.

isto é... muito azar!

"Ontem estraguei umas calças e as minhas sapatilhas novas ficaram todas feias. Estava a transportar uma impressora e o tinteiro rebentou. E a camisa ficou suja nas costas porque foram contra mim com uma fatia de bolo de chocolate. Hoje, cortei-me e sujei os calções com sangue."

um amigo meu

Porque é que a mesma provocação/laracha tem imensa piada com uma pessoa e não tem piada nenhuma com outra?

sábado, setembro 01, 2007

roteiro a não repetir... até porque a vida sem trabalho é espontânea, mesmo quando é secante


Relatório do dia


10h00. Mãe acorda-me para pedir a chave para ir tirar o meu carro (emprestado) do sitio, para o dela poder passar. Acabo por ser eu a lá ir de pijama e meio a dormir. Volto à cama com a pressa de um sonâmbulo.

10h59. Começo a espreguiçar-me violentamente na cama. Uma actividade perigosa e que não é aconselhada a pessoas não profissionais e sem formação só possível com anos de prática e talento natural, claro.

11h15. Uma mosca ataca-me com fervor o elo mais fraco do corpo quase todo protegido, o nariz! Falha a tentativa de penetração, e leva uma valente enchotadela, perturbando-me os sonhos que já fraquejavam em qualidade. A partir daqui foi só preguiça de levantar que impediu a manobra de içamento da cama.

11h28. A operação de içamento começa. O computador e a fome chamam. Levanto-me devagar, como é timbre de um dia de fim-de-semana ou quando há interrompimento abrupto de sonhos profundos, pela manhã. Segue-se uma ida ao wc, fazer o primeiro descarregamento liquído, motivo de grandes festejos ao mesmo tempo que o descarregamento é feito... os braços são erguidos no ar com o entusiasmo de uma vitória do Chelsea sobre o Liverpool.

11h30-12h28. O computador continua a trabalhar sozinho e eu a olhar para ele... vejo a revista de imprensa e sigo para a cozinha, onde os flocos me aguardam, quentes, achocolatados e açucarados, como se gosta. O arroto de bom apetite anuncia a chegada do despertar completo. É oficial! Já não estou a dormir! Começo a ver o primeiro episódio de uma série desconhecida que tirei durante a noite, chamada Greeks. São 40 minutos de boa disposição sobre um jovem geek e de origem greek (grega), que chega à faculdade e tenta entrar nas estilosas faternidades com algumas dificuldades. É uma série agradável e que foi uma bela surpresa (descobertas...)!

12h29-12h40. Mistura de actividades, em andar pelo computador sem fazer nada de útil para humanidade, muito menos para a minha pessoa (que, curiosamente, também pertenço à humanidade, embora seja contra a minha vontade... regimes fascistas opressores, brrk), e trocar umas bolas com o mano mais novo lá fora, no quintal. De pijama joga-se melhor, era o que deveriam de fazer todos os jogadores do Benfica (se bem que eles já têm uns pijamas cor-de-rosa).

12h45. Combina-se pelo telefone uma ida inevitável à praia. A excepção confirma a regra e, hoje esteve sol e calor, sem vento... perfeito para a playa. Tudo acontecimentos contrários a 90% de Agosto, um mês muito fraquito...

12h55. Cheira a almoço. O pai gourmet, chef especialista em especialidades (sempre desejei poder dizer esta expressão e agora encontrei a ocasião - oops, rimou) hoje chegou à conclusão que o almoço deveria ser frango. Então, os homens da casa (o meu pai e o meu irmão) foram comigo ao supermercado mais barato de Portugal (segundo a DECO), comprar o franguinho e batata frita. Claro que aproveitei para me abastecer de alguns mantimentos para a selva lisboeta, até porque não era eu a pagar.

13h35-14h20. Não sei quantas embalagens de bolachas que fazem mal que se farta depois, chegámos a casa com os sacos e o almoço começou a ficar em exposição na mesa. Um convite ao primo preferido para ir à praia (acabou por não poder ir para poder falar com o seu amor da Costa Rica, compreende-se) e uma passagem para ver o status do trabalho do computador, e siga para a barriga. O frango era tenro, mas não enchia muito. A meloa no final da refeição, ajudou definitivamente a compor as coisas (e também uma pequena sandes de queijo...).

14h30-14h40. Finda a refeição global, mais computador para nada de interessante... mais umas notícias (ando viciado nelas) e mais trabalho do computador sozinho. Minutos depois, chega a companhia de playa num bólide azul escuro, colheita de 2001, mas comprado em terceira mão há uns meses por uma módica quantia, motivo de algumas conversas. A companhia de playa conversa com a minha mãe até demais (conversa habitual sobre o clima, claro, mas pormenorizada ou não fosse um especialista na coisa!), eu vou arrumando a mochila, com toalha, o livro que não vou ler (não me apetece muito) e o telemobile, tal como a carteira por motivos de carta.

14h55. Partida para a playa, Supertubos (ao lado de Peniche) é o destino como sempre nos últimos anos. Uns quilómetros de auto-estrada dão para testar o anjo branco (M3) em que viajamos. Vou a conduzir, claro. Na rádio ouve-se a habitual TSF (o cd-mix de Maximo Park e Arcade Fire vai a descansar). Entre a conversa, limpo os vidros que vão levando umas pequenas cagadelas de pássaro, os presentes de deus que nos ajudam a perceber que os carros são apenas um bem material.

15h25. Chegada a Supertubos. Felizmente estão poucas pessoas, como esperado. Fácil encontrar lugar para estacionar. Umas babes vão à nossa frente, e o companheiro de playa, vai indicando os motivos pelos quais elas deveriam preferi-lo a ele e não a mim (vem na sequência dos habituais comentários simpáticos da mãezinha sobre a forma como me visto, momentos antes). Claro que aos mais fracos não devemos contrariar (tal como aos malucos), por isso não respondi, tendo apenas a certeza que as babes me prefeririam a mim, mesmo com uns calções à nadador-salvador.

15h30-17h25. Finalmente o estacionamento de eleição. Aquele dos pés na areia, toalha estendida, t-shirt despida, e emot na vida (aquela que sabe bem). Sentado na toalha, observa-se quem está à volta e as cores do mar e do horizonte (onde jazem as belas e inesquecíveis Berlengas). A conversa começa. Sobre a vida actual, triunfos e desilusões. Compras recentes, compras a fazer. Nem sempre se concorda, estranha-se à vezes (conversa de metrossexual nunca fez o meu género), mas conversa-se pela tarde dentro, com o sol forte e a cabeça deitada, quase a dormitar que hoje sabe tão bem! Muda-se de posição, roda-se o corpo, vê-se quem anda ali por perto. Observam-se os hábitos, conversa-se, atira-se areia.

17h30-18h. A hora da verdade: o banho! Água fria, mas cristalina e apetecível. Poucas ondas (o que não é frequente no meu Oeste de eleição). Pé ante pé, entra-se no gelo da água. Atira-se água ao companheiro de playa, claro, e mergulha-se com estrondo. Que frio! Mas que bom! Umas braçadas, uns mergulhos, e o adeus à água fria (é pena), até porque o companheiro de playa aguenta pouco tempo.

18h05-18h50. Mais conversa e sol, na toalha. E descanso, até porque amanhã trabalha-se (o primeiro dia a sério desde o final de Julho).

19h. O gelado da praxe culmina o dia de praia jeitoso. Infelizmente o preço está inflaccionado por ser na praia, algo que é ilegal (onde andam as senhoras da ASAE [sim, são sempre senhoras inspectoras as chefonas], hein). Chegados ao carro, três grandes cagalhões (literalmente cagalhões) de pássaro enfeitam o unicórnio branco em que viajo. Regresso ao Lavradio, ao vale encantado, com o mesmo exercício de limpamento de vidros pelo caminho.

19h35. Não apetece ir tomar já banho. Uma das paredes de casa serve de baliza, enquanto eu me divirto a marcar golos memoráveis em estádios cheios. A corrida e fintas, os remates de longe e as viagens para ir buscar a bola a cascos de rolha fizeram-me transpirar (algo nada difícil).

20h-21h. Entre mais actividades sem qualquer utilidade pelo computador, olhar para a TV para ver algumas notícias dos noticiários e ver que começou a final do festival da dança europeu, a família acaba por escolher por mim a final da dança, à espera da representante lusa, Sónia Araújo. Irmã, irmão jazem pelo meu quarto, à minha volta, a ver o programa... vemos um pouco, damos a opinião sobre aspectos, vestimentas e formas esquisitas de dançar. Chegam os pais. O pai chef começa a janta. Antes disso, aproveita e fala na minha ideia para uma série de televisão sobre um grupo de jovens dos anos 70 que queria ter uma banda de rock. Dá mais algumas sugestões de músicas da época também para ouvir, os Genesis de Peter Gabriel, e o álbum Selling England by the Pound, ou os Black Sabbath.

21h10-21h30. Com a janta pronta (espetadas com batata frita daquela larga e caseira, bem boa), decido: vou tomar banho! Primeiro problema grave, não há champô (outra vez). Umas palavras de reclamação com a resignada mãe, e parto para a outra casa de banho em busca de champôs perdidos. Trouxe três embalagens, todas quase sem nada. Consigo misturar água com os restos de uma das embalagens e ter espuma à campeão. Saído do banho todo nú (apeteceu-me realçar o facto, não é todos os dias que dizemos que andamos nús), apresso-me a vestir cuecas e pijama para poder comer o manjar e ver a prestação da portuga, como a família quer.

21h40-22h30. Os pontos dados a Portugal são festejados com braços no ar e berros de vitória, especialmente dos três 12 pontos que conseguimos (bem melhor que o festival da canção). Depois da família ameaçar bombardear Espanha se não dessem pontuação máxima, os vizinhos espanhóis lá nos deram os merecidos 12 pontos, motivo de grande regojizo, tal como nós lhes démos a eles (que até nem mereciam).

22h40. Fala-se em família. O mano mais novo impertinente e irrequieto, desejoso de sair de casa, tenta convencer-me com fervor a ir ao antigo Café Central comer um crepe com chocolate. Mas o pijama e a pouca vontade de sair (e o facto de mais ninguém alinhar) impede a saída.

23h-00h50. Computador. Escreve-se uns posts no blog depois de ver mais umas notícias. Pensa-se um pouco na série que se tenta imaginar. Vê-se TV. Fala-se. Escreve-se este post. Termina-se este mesmo post.

E a seguir? Provavelmente mais TV, vê-se uma série de TV guardada no computador, come-se mais qualquer coisa e espera-se pela manhã de domingo (dia de trabalho pela tarde), enquanto se fecha os olhos na cama e se sonha com um local remoto, ou aventuras por perto.



Nota mental do dia: olhando para o dia em retrospectiva reparo que hoje não caguei (serei normal?), mas por outro lado, os pássaros (do sul ou do raios que os partam) cagaram-me o carro todo... deus caga direito por pássaros tortos.