quarta-feira, abril 28, 2004



Uma flor. Pequena e sensível. Indiferente e efémera. É livre de ideias. Presa a um caule. Linda e útil, para as abelhas. Com pétalas e lógica, para a natureza.


21h - 25 de Abril, 2004 - Casal do Lavradio, Caldas da Rainha, Portugal, Planeta Terra, Sistema Solar, Galáxia Via Láctea (um dos braços de uma das expirais exteriores do núcleo central).

Um céu maravilhosamente encantador. Diferente dos tons laranja que a cidade traz, ou não estivéssemos um pouco no campo. Uma lua decrescente (que vai crescendo) que tem um tom misterioso e interessante, não tão sombrio como a lua cheia que se vê no meio de nuvens – situação típica de filmes que envolvem figuras como drácula e lobisomens.

No meio deste céu estrelado algo sobressai. Algo como nunca tinha visto antes. Em 23 anos e uns dias de vida. O céu é infinito para nós. Algo que vai muito para além da nossa compreensão. Recordo-me das aulas de Filosofia, em que falámos nas crenças dos índios do continente africano. Eles acreditavam que no céu à noite as estrelas não eram mais do que meros buracos num tecido (seria de animal, nada desses tecidos sintéticos modernos). Por trás do tecido haveria luz… muita luz. E por isso os buracos traziam-nos as estrelas.
Perspectiva interessante que ao ver o fenómeno do passado dia 25 de Abril recordei – as explicações que nós, humanos, démos e damos ao que nos rodeia sempre foram imaginativas e crentes, ainda hoje.

E o que aconteceu?????????????????????
De tantos noites, de tantos céus, de tantas estrelas que já vi nunca vi uma semelhante àquela que vi neste noite. Às 21h. Uma estrela que brilha como nenhuma outra. Não, não sou crente em uma qualquer religião (agnosticismo), mas aquela estrela encaixava na perfeição na famosa e popular história dos reis magos. Era uma daquelas estrelas que nos fazem pensar em extra-terrestres (será?), deuses e até no espaço celeste em geral. digo era, porque este fenómeno não durou muito. Passadas duas horas já não estava no mesmo sitio, tinha-se movimentado mesmo bastante e daí a muito pouco desapareceria para sempre. Tinha uns raios tão fortes… intensos… digno de sonhos e imaginações férteis. Havia a lua e aquela estrela. Ambas com intensidades semelhantes… de uma forma peculiar. Não esqueço esta estrela intermitente. Ou pelo menos não a quero esquecer…

sexta-feira, abril 16, 2004

Sugestão jornalística em jornal regional.
Conheça o director dos laboratórios do Infarmed.
Tudo para dizer que todas as pessoas, mesmo com cargos elevados têm uma história especial. Têm uma origem que pode muito bem ser surpreendente.

Aqui fica o link: Higuinado Neves - Um Caldense à Conquista da Capital
[este título é retirado de um livro sobre a vida do pintor José Malhoa, também das Caldas da Rainha]

quinta-feira, abril 15, 2004


Palavras contundentes



"Comigo caminham todos os todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram, não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

..."adormecendo sobre mais um dia de vida." [melhor do que isto não há, bem expresso...]

"Se o que tens a dizer não é mais belo que o silêncio, então cala-te!"

de Miguel Sousa Tavares (em "Não te Deixarei Morrer David Croquett" - muito BOM),

um apreciador do deserto e do despojamento que ele permite... como é possível ver neste blogue aqui: CreatorOfLife Arquivo
[Talvez por isso o conselho final de Miguel Sousa Tavares se torne óbvio: “Ninguém deveria morrer sem ter visto pelo menos uma vez o deserto”.]

terça-feira, abril 13, 2004

"O Problema do Espelho"

Crer na imagem que nos é colocada em frente ao olhar. É um espelho, por isso só mostra a realidade (ou nem por isso), nua e crua. Antes não fosse.
Navego pela rua. Navego no trabalho. Navego na escola. Quero sentir-me incolor, tranparente. Despercebido e com medo da atenção. Tantas pessoas velhas. Ásperas. Novas. Cheias. Tenho medo porque não sou normal. É aí que chego à conclusão que... "eu não sou normal, eu não quero ser igual", isso é ser um homem que eu não sou.

Quero respirar e viver com intensidade. Não sei o que quero. Tenho reminiscências de infância... queria, isso sim ter os mesmos sonhos, a mesma imaginação e entusiasmo real e virtuoso. 100% livre de tretas adultas, sociedades adultas.
QUERO A MINHA RIQUEZA IMAGINATIVA DE VOLTA ! ! ! (será pedir muito?)

domingo, abril 11, 2004

Life On The Road

A estrada percorre estrelas e sóis. Campos e vales. Árvores e flores. Ervas e terra. Muita terra. O infinito. Passar e passar. Passa-se por tanto. Tantas vidas. Tanta paisagem. Tanto céu. Estamos na estrada e nada mais interessa senão chegar ao destino... mas o caminho é mágico! O caminho até ao destino permite a introspecção... estados de espírito proveitosos, ou não.