terça-feira, fevereiro 28, 2006

communication breakdown

O poder da palavra. É incrível como palavras desencadeiam mal-entendidos. Palavras levam a amigos passaram a inimigos. Palavras podem enganar e defraudar. Palavras podem desiludir e fazer chorar. Palavras geram agressões físicas entre pessoas. Palavras geram guerra e fome. Palavras lavam à morte. Palavras podem também gerar o completo oposto.

No fundo somos nós, humanos, que geramos tudo isso, através da comunicação que temos uns com os outros. A verdade é que com as palavras podemos dizemos mentiras ou coisas que não queremos dizer, ou em que não acreditamos verdadeiramente. Se dissermos mentiras credíveis, estamos a enganar o outro sobre o que pensamos ou o que somos, na realidade. É incrível que, mesmo assim, isso possa desencadear... tanto sofrimento. Ou mesmo guerra e morte.

o que será amanhã...

00h41. 28 Março de 2006. Só de pensar na data fico com arrepios. Estamos em 2006 e pergunto-me para onde vou. Foi tudo tão depressa. Imaginei-me em várias coisas, umas boas, outras más. Nunca me imaginei onde estou. O presente surpreendeu a minha imaginação. O que não era difícil. Em grande parte por motivos menos bons, noutras perspectivas existem motivos bons. Tudo reside no optimismo de cada um. "Melhor" é o meu pessimismo a disfarçar-se de optimismo. Mas "pior", muitas vezes, é também o meu optimismo, mais escasso, a disfarçar-se de pessimismo. Um dilema mental. Um dilema dos que pensam demasiado, ou seja, não é dilema nenhum.

Vejo várias pessoas, com vários cargos que a sociedade lhes "obriga" a ter. Umas escolheram com antecedência, outras foram escolhidas e sentem-se bem com o que desempenham. Outras nem por isso. Qual o meu caso? É tudo uma questão de perspectiva. Desilusão, frustração. Às vezes. Muitas vezes. Força. Profissionalismo. Dedicação. A maior parte do tempo. Nunca estamos satisfeitos, essa é a realidade. Mesmo quando estamos, existe sempre algo mais. A solução é simples e óbvia. Raios. Existem vários filmes e séries a ensinar-nos isso mesmo. Saber encontrar a felicidade com aquilo que temos. Sejam milhares no banco e um barco a beira-mar, ou apenas um empregozinho que paga mal, e pouco dinheiro para ir subsistindo; ou mesmo nada, apenas algum calor humano, se possível. Todos, como seres humanos, temos a força de nos saber adaptar ao que considerávamos pior. Muitas vezes preferimos não utilizar a força, e deixarmo-nos ir. Para mim, serEmot, a verdade é que é fácil saber a solução, é difícil concretizá-la. Aqui vamos andando, ano após ano. Ainda ontem era 2003, hoje é 2006. O que será amanhã?



I was walking around, just a face in the crowd
Trying to keep myself out of the rain
Saw a vagabond king wear a styrofoam crown
Wondered if I might end up the same
There’s a man out on the corner
Singing old songs about change
Everybody got their cross to bare, these days

She came looking for some shelter with a suitcase full of dreams
To a motel room on the boulevard
Guess she’s trying to be james dean
She’s seen all the disciples and all the wanna be’s
No one wants to be themselves these days
Still there’s nothing to hold on to but these days

These days - the stars seem out of reach
These days - there ain’t a ladder on these streets
These days - are fast, love don’t last in this graceless age
There ain’t nobody left but us these days

Jimmy shoes busted both his legs, trying to learn to fly
From a second story window, he just jumped and closed his eyes
His momma said he was crazy - he said momma I’ve got to try
Don’t you know that all my heroes died
And I guess I’d rather die than fade away

These days - the stars seem out of reach
But these days - there ain’t a ladder on these streets
These days are fast, love don’t lasts-in this graceless age
Even innocence has caught the morning train
And there ain’t nobody left but us these days

I know rome’s still burning
Though the times have changed
This world keepd turning round and round and round and round
These days

These days - the stars seem out of reach
But these days - there ain’t a ladder on these streets
These days are fast, love don’t lasts-in this graceless age
Even innocence has caught the morning train
And there ain’t nobody left but us these days

These days - the stars seem out of reach
These days - there ain’t a ladder on these streets

These days - are fast, nothing lasts
There ain’t no time to waste
There ain’t nobody left to take the blame
There ain’t nobody left but us these days

These Days, Bon Jovi
self motivation. when does it start.
self inspiration. when will it grow.
self domination. when did it stoped.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

violence for free

life for free
air for free
happyness for free
love for free
friendship for free
food for free
home for free
luxuary for free
that would be a very nice society, i believe

o que vem a seguir

É curioso verificar que as pessoas têm tendência a comentar coisas que viram mal, ou que não gostaram, ou que as chocaram. Se alguém gostar de um texto, seja porque motivo for, só irá opinar sobre ele ou perder tempo para comentar em último caso, já se vir um erro ortográfico, ou algo que o choque, o comentário é muito provável mesmo. Teorias. Alegorias.

domingo, fevereiro 19, 2006

amor doce

O amor doce de Novembro. O filme que revi esta noite, pela terceira vez, Doce Novembro, é das histórias de amor mais intensas que tenho visto nos últimos anos no cinema. Não só pela história, mas essencialmente pela interpretação dos actores Charlize Theron e Keanu Reeves. Resulta, encanta.

Curioso como a primeira vez que vi o filme, no cinema, considerei algumas partes particularmente lamechas. As percepções mudam, nem sempre, mas que mudam, disso o serEmot não tem dúvidas e não raramente se engana.

one day in my life

Na passada sexta-feira, passei das 10h às 18h na rua. Em pleno ar livre.
O que tem isso de especial, perguntas tu, serEmot do futuro...
Isso já não acontecia há muito, muito tempo. Talvez anos mesmo! É impressionante, mas verdadeiro. Soube bem, embora não tenha feito nada de especial e ter perdido um dia. Mas pensando bem talvez tenha ganho um dia... enfim. Numa altura em que o tempo parece passar a correr... aquele dia passou-se muito bem. Com muito nada, muita conversa, com um bom amigo. Um belo dia. Foi 17 de Fevereiro, sexta-feira.

crescer

Tinha nove anos quando me apercebi que nada seria como dantes. E nada foi. Faço anos dia 9 e, por isso, atribui um grande significado ao facto de fazer 9 anos... uma questão de números. Uma questão de realidades e de infância, também. Mas tudo mudou mesmo quando fiz 14 anos. Esse foi o ano em que passei de crente, a não crente (agnóstico), para muita pena da minha avó e da minha bisavó, que me ensinaram tanto sobre religião.

sábado, fevereiro 18, 2006

Um grupo de amigas que se encontra constantemente. Vive a vida de cada uma muito intensamente, partilha de tudo um pouco. Duas das quatro amigas são solteiras.
o tempo passa. o tempo passa, passa, passa. não pára. corre e assusta, sem parar. inutilidade. passa por passar.

sábado, fevereiro 11, 2006

hanói

in perambulante.blogspot.com

wake up

what path to take. what decisions to make. too much confusion. too much disillusion...

tattoos


Tenho uma mania estranha, ou talvez não, de fazer inscrições estranhas e tortas, outras vezes apenas estranhas e direitas nos meus braços. É uma coisa muito parva, dirão alguns. A verdade é que às vezes faço também nos ombros, já fiz na barriga, no peito e pernas. Não sei bem porquê, mas nunca me senti em fazer uma tatuagem, pelo carácter de ser "para sempre", apesar de já poder ser retirada - se bem que sai caro. Mas desde criança que adorava aquelas tatuagens que duram uns dias e depois saem com alcool. Havia em pastilhas, mas também em revistas como a Bravo e acho que na Super Jovem (nos primórdios da revista).
Agora não coloco essas, primeiro porque não gosto da grande maioria delas, ou não fizessem promoção a um grupo qualquer fatela, depois porque uma bela caneta preta permite escrever aquilo que quero. As mensagens que posso colocar são assim pessoais, e muito mais agradáveis. Para quem são? Apenas e só para mim. São sempre em locais que não são visíveis facilmente. Nunca ninguém repara nelas, mas estão lá. É um pequeno segredo meu, que faço de vez em quando, sempre quando estou em casa, no meu quarto, a escrever qualquer coisa num caderno ou no computador. Quase sempre espontaneamente, pego na caneta e começo a escrever e escrivinhar. Já me aconteceu só reparar que "me escrevi" depois de o ter feito.

Oh well.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

pensa mentos

Há dias em que me irrito por motivos que fazem parte da minha forma de ser.
Eu explico. Tenho poucos amigos. Sou pouco sociável. Existe uma característica em todos os meus amigos que se deve a mim próprio. Nunca me ligam, tenho de ser sempre eu a ligar. Mandam-me mensagens de vez em quando, para combinarmos coisas e tudo mais, mas ligar, nunca. Eu ligo com frequência, mas não é por ligar com essa frequência que eles se sentem na obrigação de ligar. Não estou, com isto, a querer dizer que deveria de haver uma convensão social que obrigaria a responder a telefonemas com telefonemas, mas quando é já um hábito torna-se estranho. Por incrível que pareça, quando falo com eles ao telefone parecem não se calar com facilidade, sempre com muito para contar e, aparentemente, contentes com o telefonema. Mas ligar de volta é que... nada. Será isto um preciosismo?

Tenho uma teoria. Acho que não é dos amigos que tenho, não. É mesmo da minha pessoa. Não sou o tipo de amigo que valha a pena gastar dinheiro em ligar e também não sou gaja interessante, a essas vale sempre a pena ligar, mesmo que não possa existir um interesse sexual.

Aviso à tripulação de serEmot. Eu recebo telefonemas, sem ser profissionais. A verdade é que ou são quando os amigos em questão não pagam dinheiro por fazê-los, ou quando regresso às origens - Caldas da Rainha.

Sem querer estar a fazer uma declaração de ataque aos meus amigos, bem pelo contrário, gosto muito deles e daí serem meus amigos, sinto que nunca tive um grupo de amigos que me estimulasse completamente a nível criativo, de modo a criarmos projectos em conjunto. Alguém que ouvisse algumas das ideias mirambolantes que tenho, e se juntasse a mim, dando força, novas ideias e criando algo a partir daí. Dou um exemplo concreto, os Gato Fedorento. Invejo mais a felicidade criativa que os quatro têm uns com os outros, do que o sucesso que tiveram, nomeadamente o Ricardo Araújo Pereira. Mas existem casos desse tipo que não são conhecidos do público, mas que resultaram na perfeição. Amigos com gostos em comum, que se estimulam criativamente e criam coisas novas é uma óptima experiência. Infelizmente, dos poucos amgios que poderiam encaixar-se neste perfil, nunca houve força de vontade suficiente para ir para esses domínios, a não ser em trabalhos de faculdade.

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sábado, fevereiro 04, 2006

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

strange

People are strange

People are strange when you're a stranger
Faces look ugly when you're alone
Women seem wicked when you're unwanted
Streets are uneven when you're down

When you're strange
Faces come out of the rain
When you're strange
No one remembers your name

When you're strange
When you're strange
When you're strange

People are strange when you're a stranger
Faces look ugly when you're alone
Women seem wicked when you're unwanted
Streets are uneven when you're down

When you're strange
Faces come out of the rain
When you're strange
No one remembers your name

When you're strange
When you're strange
When you're strange
Jim Morrison

Nos meus tempos de estudante tinha tempo para estar sozinho. Eram tempos de amizades fortes e desenvolvidas, ou não partilhássemos tantos espaços e aventuras juntos. Ou não gostássemos uns dos outros, pelo menos na altura. Com a entrada na "idade adulta", ou pelo menos na entrada no mercado de trabalho, para além da competição que se torna, em alguns casos, impiedosa, temos de lidar com a falta de liberdade. Nos tempos de faculdade era fácil ficar um dia inteiro sem ver pessoas, estando apenas comigo próprio. Ou então, haviam muitos dias em que passava 80% do tempo sem ter de ver ou trabalhar com pessoas. Hoje é impossível. Infelizmente. Era um prazer óptimo de disfrutar. Apesar de solidão a mais ser prejudicial, claro.
Por dia da semana, passo de 10 horas a 12/13 horas a trabalhar. E aí é impossível não ver pessoas, não contactar com elas, não ter de dar justificações, ter stresses em conjunto. As pessoas com quem trabalhar, dificilmente já são pessoas propriamente amigas - aliás, actualmente é o oposto mesmo. E além do mais, chega-se ao fim-de-semana, quando vou para a casa de origem (Caldas), tenho familía e amigos a que corresponder, em Lisboa outros amigos a corresponder - poucos, cada vez menos. Falta-me tempo para estar sozinho. Quando viajo com 60 pessoas no metro ou no autocarro estou sozinho, mas não é a mesma coisa, estou desconfortável com tantos "estranhos" à volta, eu sou um estranho para eles. No trabalho a situação não muda. Sou um estranho, não me conhecem, e eu não os conheço propriamente.

Sou estranho, sim. Mas quero estar sozinho. Mais. No momento exacto em que escrevo isto, estou, de facto sozinho.
No leitor toca: Riders On The Storm, do arrebatador Jim Morrison.
Na mente vão estes pensamentos.
Nas mãos vai a prática que faz com que estas palavras sejam escritas ao serem tecladas...
Ao lado está o caderninho preto.
Não está mais ninguém aqui.
Ninguém.
Só eu.
Que bom...

hut, hut, hut



The unknown soldier

Wait until the war is over
And we're both a little older
The unknown soldier

Breakfast where the news is read
Television children fed
Unborn living, living, dead
Bullet strikes the helmet's head

And it's all over
For the unknown soldier
It's all over
For the unknown soldier

Hut
Hut
Hut ho hee up
Hut
Hut
Hut ho hee up
Hut
Hut
Hut ho hee up
Comp'nee
Halt
Preeee-zent!
Arms!

Make a grave for the unknown soldier
Nestled in your hollow shoulder
The unknown soldier

Breakfast where the news is read
Television children fed
Bullet strikes the helmet's head

And, it's all over
The war is over
It's all over
The war is over
Well, all over, baby
All over, baby
Oh, over, yeah
All over, baby
Wooooo, hah-hah
All over
All over, baby
Oh, woa-yeah
All over
All over
Heeeeyyyy

momentos

22h15. [numa das semanas mais desastradas de que a memória se recorda, de 22 a 26]
Estou algures em Alfragide, no meio de muito nada. À espera do autocarro das ondulações constantes e perturbadoras, com insegurança preocupante que chegue. Estou revolta! Queria cometer uma loucura! Algo que não esperassem de mim. E depois sair deixando tudo pendurado. Regressaria só para agredir fisicamente e de forma brutal os responsáveis pela irritação. Quero explodir! Deixar-me ir, e ir, e ir. Abandonar tudo, começar de novo. Chegou o autocarro. Amanhã temos cenas dos próximos capítulos, pelas 10h, em ponto.

cat on the mat - miau

The fat cat on the mat
may seem to dream
of nice mice that suffice
for him, or cream;
but he free, maybe,
walks in thought
unbowed, proud, where loud
roared and fought
his kin, lean and slim,
or deep in den
in the East feasted on beasts
and tender men.
The giant lion with iron
claw in paw,
and huge ruthless tooth
in gory jaw;
the pard dark-starred,
fleet upon feet,
that oft soft from aloft
leaps upon his meat
where woods loom in gloom --
far now they be,
fierce and free,
and tamed is he;
but fat cat on the mat
kept as a pet
he does not forget.
-- J. R. R. Tolkien

Um dos grandes prazeres da vida: ESTRELITAS!
Sim, tenho quase 25 anos. Sim, sou pai de filhos e mariado responsável (Ah, isso não sou). A verdade é que gosto bastante dos cereais em si, são tão estaladiços.
Gosto ainda mais da surpresa que traz na maior parte das vezes dentro da embalagem. Existem sempre figuras coleccionáveis, ou nem por isso, que têm efeitado os meus quartos. Umas mais giras do que outras, mas é um bónus a ter em conta, ou não adorasse eu essas coisas! O acto de abrir o pacote, ver as estrelitas e, ao lado, como quem não quer dar nas vistas, um brinquedo! QUE BOM!


Quando era miúdo e durante o inicio da adolescência foi o Nestum Mel, Figo e Chocolate que fez parte dos encantos dos cereais, depois as Estrelitas instalaram-se, não totalmente mas em parte.


Encontrei esta foto na net que espelha bem a paixão.

pensa mentos

Um assolou a minha mente, como se tivesse sido iluminada, de repente, ou uma nuvem tivesse desimpedido o céu num instante. Imaginei como uma pessoa que conheço de uma ou outra conversa me vê, a mim, serEmot. Como imagina que é a minha vida. Senti-me onstrangido porque me vi, como nunca me tiniha visto. Um jovem calmo, que vai esgravatando para tentar achar um canto, um lugar seu. Um jovem a quem custa sobreviver com o que ganha, a quem custa viver com a quantidade de trabalho em série, pouco estimulante, que tem de fazer e fica alegre com pequenos fogachos que coisas boa para fazer. Enfim. Acho que dói... A mento cujos pensamentos a minha mente imaginou foi a do veterano João Lopes.