quinta-feira, setembro 25, 2008

paisagens que ficam...





by seremot



Sair da rotina e ir de férias não obriga a ir para outro continente ou país, nem tão pouco para os locais típicos de férias de Portugal. Pode ser na mesma cidade onde trabalhamos, mas sabe melhor se sairmos dos locais que conhecemos.
Melhora se for um acto de descoberta.
De quinta a sábado fui a Alcácer do Sal. Uma visita curta mas muito rica e aquilo que recordo com mais intensidade, alegria e satisfação pessoal foram os passeios de carro pelo estuário do Sado, onde fiz dezenas de quilómetros fora de estrada, bem perto dos canais de irrigação, dos cultivos, dos corvos, flamingos e outras espécies cujos nomes andam por aqui. Outra experiência incrível foi passear pelo Alentejo mais profundo. A passagem por Santa Susana, uma pequena aldeia muito bem decorada e cuidada, os campos a perder de vista com cultivo, canais incríveis de irrigação, sobreiros.

A viagem até ao Torrão, uma pequena vila foi incrível por ter o condão de ter uma riqueza paisagística muito grande e transmitir um grau de solidão grande. Lá o modo de vida é claramente diferente e isso é apelativo.

Pela estrada nacional mil cinquenta e qualquer coisa (que alternava entre o piso razoável e o mau) era possível ver campos e campos de vegetação e cultivo sem observar qualquer ser humano, nem mesmo casas se via por perto. Dá a sensação que mudámos de país, ou mesmo de continente... Parece que nos esquecemos que existe este país, um Portugal quase não povoado e cheio de vida não humana. Um Portugal fora da nossa rotina diária, da nossa "civilização" diária, e isso dá alento e força e até vontade de não voltar.
Olhar em frente para o percurso que nos espera e ver uma recta vazia e a perder de vista, repleta de vegetação à volta da via e que faz um efeito quase perfeito de ondas sob a forma de estrada é uma imagem que não esqueço tão cedo. Depois de muito viajar, chegar à pequena vila do Torrão (que fica numa serra) é uma visão incrível e que transmite uma sensação de que estamos a chegar a um lugar imponente, isto quando se trata de uma pequena e compacta vila. Lá impera o típico calor abafado do interior alentejano e uma curiosidade por quem é de fora muito grande. Tanto lá como em Alcácer as pessoas têm tendência a cumprimentarem-nos só porque passamos por elas. É bonito e raro.

Claro que passear em Tróia, ir à praia na Comporta ou ver as barragens é agradável, mas as experiências mais surpreendentes e inesquecíveis foram no estuário do sado pelas estradas de terra e pela planície alentejana pura e dura, no meio de muita vegetação e de uma estrada a perder de vista, sem cruzamentos ou pessoas.






PS: A visita histórica à cripta romana e árabe de Alcácer, junto ao Castelo e à Igreja do Espírito Santo, em Alcácer, onde estão a ocorrer escavações arqueológicas também são dignas de lembranças. Já tudo, ou quase tudo, foi digno de fotos, claro está. Incluindo o Minipreço mais bonito e agradável do país (com direito a parque de estacionamento jeitoso e tudo!).

domingo, setembro 14, 2008

aprender a crescer e a ceder




Com o aumento dos anos de vida existe mais responsabilidade e também mais poder. Quando temos uma família grande, com irmãos mais novos, basta sermos maiores de idade e ter algo importante como um computador, que nos pertence, para influenciarmos o estado de espiríto do nosso pequeno irmão, que quer jogar um jogo que adora. Existe uma clara fronteira entre a disciplina que é necessária e a irredutibilidade cruel e injusta. Quando temos um pouco de poder, não convém abusarmos dele e virarmos em pequenos déspotas, para nosso bem e daqueles que nos rodeiam.


segunda-feira, setembro 01, 2008

Tudo começa de novo. Lá vamos nós outra vez. Será sempre assim? Os regressos. Espero bem que não. Quanto tempo aguentarei? Quero ir mais além. Posso começar a mudar agora?

quem não tem segredos compra um cão

Quem não tem segredos não é filho de boa gente.