quarta-feira, outubro 13, 2004

Como estás na tua vida diária. Sentes-te mais feliz que infeliz? Ou sentes-te mais indiferente?
Não te sintas demasiado indiferente, não faz bem a ninguém.


Estar na vida é um acontecimento bastante bizarro. Especialmente do modo como o ser humano mudou o seu estado mais natural.

Sim, continuamos a querer comer, fazer as necessidades fisiológicas, a ter ciumes, invejas, a lutarmos pacifica e agressivamente. A AMAR, a ODIAR, a DESPREZAR, a estar OBCECADOS com objectos pessoas ou mitos criados. Continuamos a acreditar numa existência suprema para lá de nós, apesar de nos tempos que correm cada vez mais da humanidade começam a enquadrar-se no agnosticismo, que é onde me encontro também. Somos ainda dependentes uns dos outros. Continuamos, como no inicio da humanidade (pelo que os arqueólogos conseguiram explorar), a regermo-nos por regras que criamos baseadas em moralidades que queremos muito atingir mas que acabamos sempre por infringir. Gostamos ainda de ser idealistas e acima de tudo... preocupamo-nos com tudo o que se passa à nossa volta.

Agora já temos muitas explicações, muitos cientistas... mas o que se descobre cada vez mais é que percebemos cada vez menos disto. Na antiguidade para as estrelas haviam explicações aceitáveis para a altura de um ponto de vista de crenças religiosas e de lógica da época. Hoje parece que sabemos muito mais sobre o universo, mas afinal apenas para perceber que não entendemos mesmo nada, nem podemos mesmo perceber. Tudo é possível e por isso nem interessa tentar perceber, visto que a nossa passagem por este mundo é uma brisa tão insignificante que está fora da nossa imaginação.

O cómico é que todos trabalhamos por algo chamado dinheiro. Juntar para comprar. Juntar para comprar. Juntar para comprar. Podemos ter trabalhos muito bonitos e agradáveis, podemos estudar muito e depois formular teorias sobre o universo. Mas só o fazemos porque temos uma empresa que paga para estudarmos isso com afinco. Claro que o planeta é tão grande que existem muitas excepções a esta situação. No geral, no entanto, é totalmente assim. Estamos condenados a este modo de vida. Foi assim que as sociedades ocidentais evoluiram, depois de muitas guerras e imposições de grandeza económica. Os regimes comunistas vieram provar que apesar da estar na nossa natureza ter boas intenções mentalmente, na prática seremos sempre assim, condenados à nossa humanidade.

A vida pacata existe ainda, mas é rara e muito menos aliciante... é só ligar a tv. Temos de comprar tudo e existe sempre alguém a querer vender. Existem tantos produtos novos, que apenas servem para podermos comprarmos mais. Para não estagnar a novidade, porque as nossas mentes desejam ardentemente a novidade e o que está IN. Tem tudo a ver com a nossa psicologia é não vale a pena fugir muito a ela.

Psxiu...
Psxiu...


Tudo está bem. Vamos vivendo sob a superfície da terra. Ocupando a terra o máximo possível. Nós que estamos por aqui só vamos mesmo conhecer isto. Portanto aproveitem a vidinha como quiserem. Uns merecem mais. Outros menos. Uns têm mais outros muito menos. Os motivos são infinitos. Todos respiramos o mesmo ar e comemos comidinha, só nos diferencia o carácter psicológico, com pouco ou muito.

THE VILLAGE. Vamos viver para uma vila isolada de tudo? Tudo pode acontecer. A casa que temos é construida por todos. Nas reparações participam todos. Shiuuu. Não digam a ninguém que estamos aqui. Fazemos uma comunidade que não existe. O que comemos vem da nossa terra. O que sentimos vem de imagens reais à nossa volta. "A vida é como uma caixa de chocolates". E eu adoro chocolates.
Let´s make it last for life. We´re flying. Feels just like flying...

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SSSSSEEEEEEEENNNNNNNNNNNNNNTTTTTTTTTTTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

SerEmot
Lembras-te do olhar pela janela... para o amanhecer. Reminiscências das teorias que tinhas sobre o céu. Sobre as plantas do quintal. Sobre a origem do mundo. Sobre a razão das coisas serem como são. Chegavas sempre à conclusão de... continuar a viver a vida que os humanos de hoje vivem. A escola. A aprendizagem. Por vezes a aprendizagem tocava neste ponto. Astronomia, geografia, filosofia... faziam-te pensar e questionar. Pena os professores não terem respostas para as tuas perguntas... até tu tinhas mais respostas para eles... o que não estava nos livros, os outros porquês.
Vamos viajar pela autoestrada da saudade? Queres falar com aquele rapaz que foste e dizer-lhe como pode ser mais feliz? Mas será que sabes mesmo como poderias ter sido mais feliz? Ou preferes apenas observá-lo e deixá-lo crescer?
Imagina-se demais neste mundo. So do I.