10 09 2006
Acabei de percorrer fotos da minha infância e adolescência com a minha família. É incrível como vi tanto de mim naquelas fotos. Mais do que sou hoje, aquelas imagens do passado reflectem muito mais aquilo que sou na minha essência e aquilo que sempre serei. É quase terapêutico de tempos em tempos ver aquelas imagens, que significam tanto.
Durante as semanas, os meses, os anos, andamos submersos numa sociedade diferente, na idade adulta, nas responsabilidades inerentes, na profissão, no pouco tempo para viver a vida sem obrigações… é de tal forma um ritmo intenso e diferente que nos esquecemos do que fomos, do que somos verdadeiramente, do que sentimos, gostávamos e por aquilo e por quem vibrámos.
Ver fotos da minha vida passada faz reavivar esses sentimentos, essas experiências e quem sou verdadeiramente. Hoje sou algo mais (que não é necessariamente melhor), algo diferente. Mas não deixo de ser aquilo que fui, aquilo que vivi e senti em certas alturas da minha vida. A família esteve em grande parte das mais importantes, é curioso. Tenho dois irmãos e cada fase da infância e adolescência que atravessei foi condicionada e potenciada pelos meus irmãos. Aos sete nasceu a minha irmã. Deixei de ser filho único.
Queria ter deixado de o ser alguns anos antes, nessa altura já não queria ter irmãos, pensava. Aos meus 14 nasceu o meu irmão. Foi um sentimento diferente inerente a uma idade diferente, senti-me um pai… um Creator Of Life. As muitas mudanças ocorridas com o nascimento dos meus irmãos foram um aumento à família, que se manteve família… e deram-me uma perspectiva diferente da vida.