Quando eu for grande e for pai de um ou mesmo dois filhos, quero levá-los para a tasca mais próxima, de preferência sob a forma de uma associação recreativa que de desportiva não tem nada e que fique mesmo no centro da cidade, com muitos prédios à volta, por cima e dos lados. Logo de pequeninos, quando eles tiverem uns 4 ou 5 anos, quero ir passear com eles à bela associação todas as sextas e sábados bem depois das 22h e 23h. Com uma cerveja na mão e em plena entrada da associação, porque cá fora é que se está bem, quero poder incitar os putos a jogar à bola em plena noite, dando urros de alegria quando acertam no esférico, e gritos de riso quando conseguem acertar numa janela. O segredo está no barulho. Quando eles não querem, quero poder insistir e ralhar com eles, enquanto bebo a 8.ª cerveja da noite.
É com isto que sonho todas as noites, quero ser este homem.
Quem sabe um dia, um dos putos não se torna o Cristiano Ronaldo e eu possa compensar com muito dinheiro todos os vizinhos que incomodei com a minha estupidez bronca e incomensuravelmente cretina e parva.
Resta-me dormir, ou pelo menos tentar, e sonhar, ou pelo menos tentar, em ser um senhor assim.
* PS: acho que há manifesta falta de tacos de beisebol (pelos vistos em português escreve-se assim) em Portugal! Há pessoas que têm atitudes, seja comandando apenas os seus corpos ou um carro, que revelam clara impunidade no dia-a-dia. Se todo o português, mesmo o pacífico, tivesse um taco de beisebol no carro ou em casa e o usasse, uma vez por outra, num destes indivíduos cretinos talvez esses mesmos sujeitos pensassem duas vezes antes de serem exteriorizarem toda a sua parvoíce. Pelo menos iria passar-lhe pela cabeça:
"Bem, se o semáforo fica vermelho e este gajo tem um taco no carro, estou f*did*!!!"