Há finais de dia em que tudo é tão mau que chega a ser cómico. É tão mau, que conseguiu não ser péssimo por um triz e só por isso já valeu a pena. Porque não?
O mais curioso neste dias é exactamente esse misto de azar e sorte. Tudo foi mau, mas faltou aquele bocadinho assim para ser péssimo.
Numa rotunda perto do Cacém (uma localidade onde espero nunca viver) com pouca visibilidade, travo a fundo quando vejo um pequeno Kia Picanto a vir na minha direcção, em contra-mão!!! Lá dentro uma velhota encolhia os ombros, sem saber o que fazer nem em como se meteu em tamanha alhada (a verdade é que já teria contornado em contra-mão uma bela parte da rotunda). A grande sorte foi que uma senhora que estava a entrar na rotunda e também teve de travar repentinamente, começou a apitar violentamente a fazer sinais com as mãos para a senhora para o carro e não continuar. Senão, o mais provável seria eu ter abalroado com violência o Picanto e não estar aqui, neste momento, a escrever este post. Enfim. Os dias de azar também são dias de sorte.