O tempo que passamos num sítio diferente costuma ficar marcado. Muitas vezes a memória que temos desse lugar é mais ao menos a mesma. Tem vezes que nos esquecemos com quem íamos quando tirámos uma fotografia bonita, ou do cheiro daqueles campos cheios de 'verde' por todo o lado. A memória é o que nos serve de inspiração durante a vida. Deixamos de utilizá-la quando morremos, segundo dizem. Deixamos de utilizá-la quando nos tornamos inúteis para nós próprios. A memória é o que nos une a nós mesmos. Ao que somos, como resultado do que fizemos. Da conjugação de momentos, instantes, experiências. Perdê-la, a memória, pode permitir partirmos à descoberta de coisas diferente, em que não costumávamos pensar ou que estavam recônditas dentro nós mesmos.
Muitas vezes não perdemos, verdadeiramente, a memória. Simplesmente algo despoleta em nós uma mudança. Mudança essa que nos faz querer arriscar e fazer algo que não faríamos normalmente. É a nossa mente a pregar-nos partidas. A ser arriscada porque sim. A experiência de contrariar o que já está delineado para nós pode ser uma fuga ou uma solução, normalmente passageira. Vale a experiência... julgo.
PS: pensamento integralmente inspirado no filme que acabei de ver (vicky cristina barcelona).