Sol e suor sempre combinaram um com o outro.
Sexta-feira à tarde, 15h06, Estádio 1.º de Maio.
A companhia das raquetes, das "amarelas" e do sol de Julho (o que chega
ao hemisfério norte da Terra) são um preâmbulo perfeito para uma partida
de muitos falhanços, corrida e suor.
O court é maior do que me lembrava desde o último jogo. Há actividades
que nos parecem que saem de nós de forma natural e, esta do court,
raquete, "amarela" e rede, é uma delas. A competição dá-nos o alento de continuar, de correr, de parar e reagir,
de um lado para o outro, com os olhos na bola, concentrados, suados.
Mesmo cansados, enferrujados e esgotados não há fim anunciado. A
primeira meia hora mais pareceram três horas de esforço e de
deambulações. A mão esquerda e os respectivos dedos começam a ficar doridos e calejados. Serviço. Rede. Repito o serviço de forma mais lenta. Ele atira de volta e o jogo voltou.
Corro para o lado esquerdo. Bato a bola para o lado direito, sem
arriscar dar efeito. Posiciono-me e espero, concentrado. A bola é
devolvida para o meu lado direito. Corro e com a ajuda das duas mãos tento fazer um "chapéu". Out.
Saiu para fora. O jogo continua. Os pontos vão sendo atribuídos e o
tempo vai passando, jogo a jogo, set a set, suor e mais suor. A segunda
meia hora passou mais rápido. O cansaço físico no final é total, mas a
cabeça está mais fresca e descomprimida do que nunca. Com o sol a bater, o ar quente quanto baste e as árvores a
alegrarem a vista, a água cristalina do bebedouro (que bela palavra)
junto ao court elimina a sede e cura o corpo cansado e dorido. E nunca a
água soube tão bem.
As circunstâncias moldam as nossas sensações e nada melhor do que agir, competir, fazer e viver... para sentir.