terça-feira, agosto 31, 2004

Apoios e prémios nos Jogos Olímpicos



Sérgio Paulinho, por este quadro de atribuição, pela sua medalha de prata (na primeira participação nos JO) vai ganhar 22.500 euros mais uma bolsa de 1.250 euros por mês até aos próximos JO, portanto são quatro anos com esta bolsa (ordenado).

[Acho que me vou tornar atleta olímpico, que tal?]

Há duas maneiras de o Estado dar dinheiro a atletas, obedecendo a filosofias distintas. A primeira é recompensar a conquista de uma medalha em grandes competições, como Mundiais e Jogos Olímpicos. Neste caso, a verba surge exactamente como um prémio, que é pago de uma só vez - em Atenas, uma medalha de ouro valia 30.000 euros, a prata 22.500 e o bronze 17.500.
Mas estas são verbas de contingência, que não permitem a um atleta fazer uma carreira desportiva. Para garantir algum conforto financeiro a quem dedica muitas horas da sua vida ao desporto (muitos fazem-no mesmo em exclusividade e não têm emprego), o Estado tem um sistema de bolsas para a alta competição.

Os medalhados nos Jogos Olímpicos recebem 1250 euros por mês durante os quatro anos da Olimpíada subsequente, os finalistas (classificações até ao 8º lugar) ficam com 1000 e os semifinalistas (até ao 16º) têm direito a 750 euros. Mas estes apenas durante dois anos, durante os quais terão de mostrar resultados, sob pena de o apoio lhes ser retirado ao fim desse período. Existe ainda um quarto nível de bolsas, no valor de 360 euros mensais, para outros integrantes do projecto olímpico, nomeadamente jovens promessas em que é feita uma aposta mesmo antes de terem obtido resultados relevantes a nível internacional.
in Público - L.F., Atenas