Funerais IV
Posso estar a ficar maluco, mas existem tantas coisas que não fazem o sentido, para mim, que era suposto fazerem para o resto da sociedade.
Estamos a entrar numa época de questionamento profundo. No entanto, continua a existir vários grupos de jovens católicos ou de outras religiões, crentes, com todas as suas forças de que irão para um espaço melhor, um "céu" à sua medida. Continuam a existir jovens muçulmanos, que viveram todas as suas vidas sob ensinamentos ocidentais, dentro das nossas culturas, mas por um qualquer motivo se viram na procura daquilo que lhes falta, nas suas vidas, na religião e até no extremismo, que leva ao terrorismo com muita facilidade. Por outro lado, existem várias pessoas, uma vaga que pensei ser bem maior do que por vezes parece, que se questionam sobre o que os rodeia, sobre as verdades avançadas como dogmas, como verdades tranquilizadoras.
Nada faz mais sentido do que ser verdadeiramente religioso. Somos devotos a uma causa que só nos traz satisfação e respostas.
Mas existem muitos que não se contentam com essas respostas, tão coladas a cuspo por uma história construída e adulterada conforme se queiram transformar as crenças. Engraçado como nunca se ouve padres, "pastores", de igrejas falarem da ciência quando falam do mundo. São pessoas viradas apenas para o ser humano. Falam do nosso papel no mundo, mas são incapazes de dizer que vivemos num planeta chamado Terra, num sistema de planetas a que chamamos sistema solar, numa galáxia a que démos - ou alguém deu por nós - o nome de Via Láctea.