terça-feira, janeiro 03, 2006

morte

[Por vezes deparo-me com um sentimento, o da morte. Mais tarde ou mais cedo ela acontece, de uma forma ou outra. O que mais me espanta, por vezes, é a forma como as pessoas vêem a morte, como a relativizam quando não é próxima. A dor só existe quando há ausência. Apesar de ficar espantado não poderia ser de outra forma, senão teriamos de andar sempre deprimidos ou estupidamente de luto, já que a morte é tão natural como o nascimento, acontece. Como seres humanos viventes numa sociedade altamente mediatizada, sempre que a morte dá o fim de vida a alguém "conhecido do público" alguns costumam ter sentimentos muito semelhantes àqueles que teria se fosse alguém seu amigo. Existem, porém, outros casos menos mediatizados mas que existe tristeza não só pelo mero facto de uma vida ter deixado de existir, mas por ter sido uma vida cheia de coisas boas, marcos importantes, coisas que se leram. Enfim, é a vida e a morte... hoje morreu o repórter, ex-director e fundador da Visão, o conhecido de alguns, amigo de outros, pai, filho e marido, Carlos Cáceres Monteiro. ]