Quando não temos muitos amigos e nem sempre conseguimos partilhar nas alturas certas determinados pensa (mentos), descobertas viramo-nos para nós próprios, como é, aqui, o caso.
Por isso, conto-te a ti, serEmot, por este blog, que hoje fiquei estupefacto quando ouvi o nome de uma amiga antiga, dos tempos de faculdade, com quem não falo há anos, na rádio. Era o nome da jornalista que efectuou uma reportagem sobre um português a chegar do Libano, na TSF, edição da meia noite. Fiquei sem palavras, apenas a ouvir, atento, a apreciar a evolução e tentar reconhecer a voz, claramente adequada para os domínios da rádio, algo que ela sempre quis fazer.
Fiquei num misto de alegria, por reparar que ela tem jeito para a coisa e, ao mesmo tempo, de algum ciúme, por eu ter passado pela mesma rádio, noutro tempo, sem conseguir ficar - algo que me deixaria muito feliz. A parte de alegria prevaleceu, felizmente, senão nem me dignaria a escrever isto, a partilhar contigo, comigo, a sensação estranha.
Na vida, na minha vida, uma das situações mais caricatas são os reencontros. Nem todos são bons, é certo, muitos são ligeiros pesadelos, mas outros são frutos suculentos, silvestres e apanhados de forma espontânea, a melhor! Os reencontros não necessitam de ser pessoalmente, podem ser assim mesmo, de ouvir falar, recordar de forma próxima.
A curiosidade motivou uma investigação, pouco foi encontrado. Apenas isto, uma pequena prova.
Os dias passam, vamos conhecendo pessoas novas, tendo experiências novas, trabalhos novos, uma vida nova. Mas os reencontros abalam-nos um pouco. Fazem-nos recordar outros tempos, outras vidas, tão próximas da memória mas, no entanto, tãooooo longe da vida. --- Maria Miguel Cabo
Reencontros. Reminiscências. Regressos.