É curioso como, em idade adulta, temos menos consciência de que somos
tão insignificantes, na grande ordem do Universo. Vivemos no minúsculo
planeta Terra, num pequeno sistema solar, um cantinho de uma galáxia que
é só mais uma em milhares.
Foi preciso ir a dois museus de história natural norte-americanos (de
Harvard e o Museu de História Natural de Nova Iorque) para voltar a
"sentir" isso de forma tão presente. E é mesmo sentir, porque é uma
sensação que se tem, da pequenez dos nossos problemas, do que somos e do
que significa a nossa vida.
Mesmo assim, não vejo esta "sensação" como algo triste ou que tire
importância à vida e à forma como a vivemos. É pura e simplesmente um
facto, uma realidade que nos circunda (tal como o universo). Na verdade é
esse universo, essa coincidência que é a forma como o planeta Terra
está constituído que nos permite ter aquela coisa a que chamamos vida.
E, segundo o que sabemos, o ser humano é algo muito muito especial neste
universo. Até agora ainda não encontrámos satélites artificiais, nem
sinais de vida inteligente nesse amplo universo.