sábado, setembro 24, 2011

smells like teen spirit. it does. nirvana.

Up with People. Ando a ver muita gente em baixo. Smells Like Teen Spirit. Para cima é que é o caminho, nem que se regresse às origens e se comece de novo. Não se esqueçam de respirar, o resto virá por si. Boa noite e, boa sorte. 

Smells Like Teen Spirit. Nirvana. Live.



nirvana
s. m.
1. Estado de beatitude muito perfeito que é o objectivo supremo do devoto budista.
2. [Figurado] Apatia, inércia, o nada, o aniquilamento.


ESCOLHAM A PRIMEIRA!!





Load up on guns and bring your friends
It's fun to lose and to pretend
She's over bored and self assured
Oh, no, I know a dirty word

Hello, hello, hello, how low
Hello, hello, hello, how low
Hello, hello, hello, how low
Hello, hello, hello...

With the lights out it's less dangerous
Here we are now entertain us
I feel stupid and contagious
Here we are now entertain us
A mulatto, an albino, a mosquito, my libido
Yeah! Yay! Yay!

I'm worse at what I do best
And for this gift I feel blessed
Our little group has always been
And always will until the end

Hello, hello, hello, how low
Hello, hello, hello, how low
Hello, hello, hello, how low
Hello, hello, hello...

With the lights out it's less dangerous
Here we are now entertain us
I feel stupid and contagious
Here we are now entertain us
A mulatto, an albino, a mosquito, my libido
Yeah! Yay! Yay!

And I forget just why I taste
Oh yeah, I guess it makes me smile
I found it hard, it's hard to find
Oh well, whatever, nevermind

Hello, hello, hello, how low
Hello, hello, hello, how low
Hello, hello, hello, how low
Hello, hello, hello...

With the lights out it's less dangerous
Here we are now entertain us
I feel stupid and contagious
Here we are now entertain us

A mulatto, 
an albino, 
a mosquito, 
my libido

A denial. A denial. A denial
A denial A denial A denial
A denial A denial A denial
A denialA denialA denial

quarta-feira, agosto 17, 2011

domingo, julho 10, 2011

moody, i'm in a hank moody mood *

You can't always get what you want. 
Os Rolling Stones fizeram destas palavras uma bela, simples e inspirada canção. E se há coisa que aprendemos cedo na vida é que não pudemos ter sempre o que queremos, mas nada nos impede de tentar! Vou ali tentar e já venho. Boa noite e, boa sorte.



* não confundir com a outra Moody, a Moody's, empresa americana especialista em ratings de merda.

os elementos: água que sacia e cura

Sol e suor sempre combinaram um com o outro.
Sexta-feira à tarde, 15h06, Estádio 1.º de Maio.


A companhia das raquetes, das "amarelas" e do sol de Julho (o que chega ao hemisfério norte da Terra) são um preâmbulo perfeito para uma partida de muitos falhanços, corrida e suor.
O court é maior do que me lembrava desde o último jogo. Há actividades que nos parecem que saem de nós de forma natural e, esta do court, raquete, "amarela" e rede, é uma delas. A competição dá-nos o alento de continuar, de correr, de parar e reagir, de um lado para o outro, com os olhos na bola, concentrados, suados. Mesmo cansados, enferrujados e esgotados não há fim anunciado. A primeira meia hora mais pareceram três horas de esforço e de deambulações. A mão esquerda e os respectivos dedos começam a ficar doridos e calejados. Serviço. Rede. Repito o serviço de forma mais lenta. Ele atira de volta e o jogo voltou.
Corro para o lado esquerdo. Bato a bola para o lado direito, sem arriscar dar efeito. Posiciono-me e espero, concentrado. A bola é devolvida para o meu lado direito. Corro e com a ajuda das duas mãos tento fazer um "chapéu". Out. Saiu para fora. O jogo continua. Os pontos vão sendo atribuídos e o tempo vai passando, jogo a jogo, set a set, suor e mais suor. A segunda meia hora passou mais rápido. O cansaço físico no final é total, mas a cabeça está mais fresca e descomprimida do que nunca. Com o sol a bater, o ar quente quanto baste e as árvores a alegrarem a vista, a água cristalina do bebedouro (que bela palavra) junto ao court elimina a sede e cura o corpo cansado e dorido. E nunca a água soube tão bem.
As circunstâncias moldam as nossas sensações e nada melhor do que agir, competir, fazer e viver... para sentir.

sábado, junho 18, 2011

no fear, no consequences.

filho

Sou filho da noite, mas não saio de casa
Sou filho da puta, mas não faço mal a uma mosca
Sou filho do rock, mas não sei rockar
Rebelde, rebelde, rebelde, rebelde
O lado negro do rock chama por ti
Entra na roda viva, entra e gira, gira, gira, gira
Morro amanhã, morro amanhã, morro amanhã

sexta-feira, junho 17, 2011

filosofias 'socráticas', o verdadeiro...

A vida é uma carruagem
que está sempre em andamento
e nos deixa duas escolhas,
ou subimos a bordo
e percorremos caminhos e experiências,
ou ficamos em terra e quietos... eternamente.
Não fiques parado.

quinta-feira, maio 19, 2011

dias que são dias

Há finais de dias que são tão tristes. Não porque o dia foi bom, ou porque tudo correu bem e custa acabar. Não. Simplesmente são dias em que aquela luz mais alaranjada dos últimos raios do sol nos mete melancólicos e estranhos. O sentimento do dia de hoje é simples: a luz está a acabar, o dia a encerrar, e tu não o aproveitaste para nada de especial. Foi só mais um dia, que mais pareceu apenas menos um dia. Que o seguinte seja diferente. Boa noite e...

sexta-feira, abril 15, 2011

Untitled

Untitled by virginiaz
Untitled, a photo by virginiaz on Flickr.

obituário

amanhã começo a escrever o obituário dos meus 30 anos de vida (não tenho mais, até ao momento, tirando uns dias para a amostra), em formato de monte de folhas, espera-se. nenhum dos últimos 30 anos volta mais, são passado e tornaram-se isso mesmo no dia x de Abril. agora resta deixar-lhes um bom texto de despedida ou homenagem, focando um ou outro momento desses 30 círculos de 12 meses, uns mais conscientes do que outros.


PS: tal como qualquer português/político que se preze, começo hoje por prometer, sem qualquer certeza que vá cumprir. o mais provável é não passar de uma intenção nocturna, que passa com a chegada do primeiro sono da noite e o lento acordar da manhã.

segunda-feira, abril 04, 2011

só pode melhorar

Passei parte das últimas 48 horas a ouvir pessoas diferentes, nas suas casas, a contarem um pouco do que pensam, do que esperam da vida, das condições que têm e do que sofrem. Curioso como algo profissional, se torna tão pessoal quando as estórias de vida têm uma voz e uma cara. É uma sensação estranha que me faz (re)pensar a forma como encaro a vida em geral e a categorização que vamos ocupando ao longo dos anos e das circunstâncias.
Solteiro, casado, viúvo, junto em união de facto, com ordenado chorudo, com reforma de 200 euros miserável, desempregado mas com sonhos, a idade, a escolaridade, o medo de perder o emprego, a satisfação total por receber a horas o ordenado, o número de pessoas com quem vivemos... As categorias não nos deviam definir, na verdade não definem totalmente, mas que condicionam profundamente, disso não tenho dúvidas, a julgar pelo que vou ouvindo - uns mais do que outros, umas nacionalidades/culturas mais do que outras.
O sorriso nos lábios de alguém, feliz por poder comunicar com outra pessoa que quer ouvir e dá alguma atenção é tão bonito como triste. Como dizem dois brasileiros (já com nacionalidade portuguesa) que conheci hoje, "a vida só pode melhorar, nem que seja por estarmos vivos e podermos continuar para a frente, a viver".

precisas de mim? então vou ali e já venho

Porque é que o acto de ir ao café ou comprar tabaco e nunca mais voltar à família é TÃO maioritariamente masculino?
Hoje as 'fugas' da família talvez não repitam tanto o cliché, mas acontecem. Tipo: "Estou farto de vocês, não lhes consigo dizer na cara. Piro-me definitivamente alegando que vou fazer algo corriqueiro e parto para outra vida."
É o desejo masculino de não se sentir preso a nada?
Dificilmente será porque a mulher bate no marido... (embora exista violência verbal, psicológica e sentimental...)
É o desejo masculino mais propenso à desistência nas relações?
É o homem menos capaz de cumprir/assumir um compromisso? Claramente (em maioria)... sim.

eu sou... ... tem dias.

- sou desempregado, mas faço uns biscates, tenho a ajuda da família, podia ser mais feliz

- sou divorciado, estou com os meus filhos fim-de-semana sim, fim-de-semana não, pago pensão de alimentos choruda, trabalho sábados e domingos ocasionais para poder pagar as contas, podia ser mais feliz

- sou viúva, vivo com o meu gato e o cão, tenho uma reforma de 300 euros, tenho as minhas rotinas, podia ser mais feliz

- sou trabalhador por conta de outrem com um bom ordenado, tenho uma boa casa e posso manter um estilo de vida com férias para sítios agradáveis, com boas vistas e actividades, dar o melhor à família e a mim, tenho sorte por estar assim, vou sendo feliz.

em alturas de crise, o dinheiro parece ajudar mais um bocadinho na hora de ajudar a dar felicidade. pelo menos não há desculpas mentais para não ir... e viver/gastar.

sexta-feira, março 11, 2011

todo o mundo é composto de mudança

Refúgio. Farto das redes sociais. Mas não me vejo livre delas. Farto daquela borbulha na zona do elástico do boxer, mas não há meio de me ver livre dela. Farto dos políticos, das Deolindas, dos Deolindos, das injustiças, da incerteza, do buraco do ozono, dos tsunamis e mesmo do cheiro a napalm pela manhã. Farto da ficção audiovisual, dos clichés, das tartarugas do trânsito, dos cabr*es desse pasto que é a estrada e das hipocrisias destes tempos de pornografia tecnológica. Farto de não estar farto e farto de estar. A insatisfação faz parte do ser humano e da vida humana em geral e a saturação vem com o território. Por isso, mudam os tempos, mudam-se as vontades...

terça-feira, outubro 12, 2010

quem somos nós e o que fazemos aqui?

Há alturas do dia (é mais pela noite) em que me questiono: Onde é que nós virámos na curva errada?

Nunca percebi bem o saudosismo exagerado. Mas começo a perceber melhor porque ele surge com facilidade.

Já ouviram falar do Windows 2.0, 2.1, 3.0, 3.1, 95, 98, Me, NT, XP, Vista e 7? Do iPhone 1, 3, 4?
Já ouviram falar da 6.ª geração do Golf ou do restyling do Citroën C4 Picasso?
Já ouviram falar dos políticos profissionais 2.0 cheios de argumentos e marketing a nos venderem o seu produto, eles próprios?
Já ouviram falar nas novíssimas botas de couro mostarda cano baixo e abertura na frente do Marc Jacobs?

Perseguimos bens, empregos e uma vida que nos é vendida e promovida, mas que é irreal e muitas vezes vazia. E o preço dessa vida, muitas vezes, significa que nos vendemos e nos perdemos (a nossa essência).

Algures pelo caminho, numa das várias curvas do destino, chega a parecer que nos perdemos num excesso de capitalismo (ganância absoluta e premiada: «o dinheiro nunca dorme») e de cultura das vendas, da novidade constante e da respiração ao ritmo do marketing. Não que não tenham havido benefícios, vantagens e melhorias. Houve. Mas, nestes dias de crise financeira profunda e de falhanço óbvio das instituições que nos governam, dá vontade de questionar tudo. Incluindo as curvas que os nossos antepassados, ou os seus governantes, curvaram por nós, escolheram por nós.


Daí que citar esse grande poeta dos tempos modernos (nascido, eternizado e desaparecido nos anos 1990), Tyler Durden, nos dias que correm faça todo o sentido:

"You're not your job. You're not how much money you have in the bank. You're not the car you drive. You're not the contents of your wallet. You're not your fucking khakis. You're the all-singing, all-dancing crap of the world."


"God damn it, an entire generation pumping gas, waiting tables; slaves with white collars. Advertising has us chasing cars and clothes, working jobs we hate so we can buy shit we don't need. We're the middle children of history, man. No purpose or place. We have no Great War. No Great Depression. Our Great War's a spiritual war... our Great Depression is our lives. We've all been raised on television to believe that one day we'd all be millionaires, and movie gods, and rock stars. But we won't. And we're slowly learning that fact. And we're very, very pissed off."

terça-feira, agosto 24, 2010

mojo ateo

emot oajo


mote ojoa


mojo teoa


eoat mojo


mojo oate


mojo ateo

sábado, junho 19, 2010

goodnight, caldas

As ruas das Caldas estão cheias de esquinas.
As ruas das Caldas estão cheias de memórias.
Estão cheias de estórias, olhares e imaginação.
Cheias de emoções e desilusões escondidas.
De conversas longas, observações peculiares,
frases feitas e clichés nada originais.

As ruas das Caldas são feitas de esquinas.
Ruas feitas de descobertas a cada virar de rua.
Feitas de caras outrora conhecidas e caras novas.
São ruas de descobertas e de imaginações antigas.

As noites das Caldas são circulares.
Por mais que andemos voltamos sempre ao mesmo sítio.
As noites das Caldas são frias.
Por mais que trememos, estamos sempre dispostos a ficar.
As noites das Caldas são distantes.
Por mais que nos lembremos, nunca mais serão as mesmas.
Boa noite, Caldas.

terça-feira, junho 15, 2010

domingo, fevereiro 07, 2010

who am i?

i put on my old jeans jacket, and face the world. from milano, to los angeles, i feel good, i feel myself, i feel confident, i feel good.

sábado, janeiro 30, 2010

living free

Everything about, living free.
Seaming meeeeeeee. I am waiting the time, when you will see me.
when try on the spit. on the rig. on the pit.
there is something in your eyes, when you see me.
good lord on a mansion. is some king of expression.
i tell you everything about being free.
i will tell the world, what i feel on being me.
there's only one of us who tries, to be in me.
i can't forget about the things, that i could be.

we lost romance, this live for the rebounds.
she's got you high, and you don't even know yet.
open your mind, believe she's gonna teel you.
remember the rain, remember the lips, eyes, bright face,
this world tends do see through.
sheeeee's got you highhhhh
now get down!


terça-feira, janeiro 26, 2010

people and their lives

growing up takes a lot of time

feeling full takes a lot of illusion

noone takes you for who you are

learning experiences are less than ever

time is a source in the way of extinction

segunda-feira, outubro 05, 2009

back to the future

Regresso ao Futuro pode ter sido um período da vida complicado e de excesso de trabalho que Michael J. Fox já nem se recorda bem, mas para mim foi um filme (série de filmes) que marcou uma adolescência.
É curioso ver essa distância. Entre o estado de espírito de quem faz e o estado de espírito de quem consome um produto criativo e de fantasia deste género. Ele era uma peça na engrenagem da saga Regresso ao Futuro. Fez parte dela porque se sujeitou a rodar o filme ao mesmo tempo que gravava a série (memorável já por si) Quem Sai aos Seus. Entrava às 9h na série, saia pelas 17h para ir directamente gravar o filme, acabando as filmagens entre as 4h e as 6h da manhã. Por isso esse período é um pouco nublado para Michael J. Fox. O cansaço não permitiu saborear totalmente a experiência. Ainda assim deu tudo o que tinha, utilizou a sua juventude e a sua inquietude para os papéis que desempenhava e fez história mesmo em condições complicadas.
Sei o que é isso de, quando o cansaço invade por completo mente e corpo, deixarmos agir o piloto automático. Raios, já temos uns anos disto (vida) e já fizemos muita coisa, basta tentar que o piloto automático reflicta a nossa melhor face. E não é que chega a resultar na perfeição. Já me aconteceu recentemente ter uma pressa descomunal, um cansaço incrível e conseguir fazer em condições difíceis, depressa e bem. É o tal piloto automático. Traz riscos, é certo. Mas quando resulta chega a ser cómico. É como se não fossemos nós a fazer aquilo. Estávamos a descansar enquanto o corpo agia por nós, se tudo corresse bem numa boa versão de nós mesmos. É uma sensação quase extra-corporal, mesmo.
Tempo. Quando há excesso não sabemos o que fazer com ele, quando escasseia sonhamos com dias de 38 horas.
Once in a while I think in the chances. Once in a while I think of the choices.
Once in a while I believe in frustrations. Once in a while I give them intentions.

sexta-feira, setembro 11, 2009

"tonecas larga o bife" de esferovite

Numa altura em que se fala que o programa da RTP1 Lições de Tonecas deveria ter tido mais protagonismo no resumo do humor em Portugal, Divinas Comédias, chamo a atenção para o seguinte:
Incrível foi terem-se esquecido de uma interpretação do Tonecas bem mais memorável. Aquela que eu fiz no final da 4.ª classe, bem antes da série ter aparecido na RTP1. Era o Tonecas no Natal, a comer bifes e batatas de esferovite e a fazer a vida negra a todos os seus familiares. Ora, sinto-me muito triste pelas Divinas Comédias não terem falado naquela boa interpretação.
Não existem imagens, é certo, mas faziam uma reprodução.
Depois daquela tarde na Escola do Bairro da Ponte das Caldas da Rainha, o humor em Portugal nunca mais foi o mesmo... pelo menos para mim


quarta-feira, agosto 19, 2009

is everybody in? the ceremony is about to begin... wake up!

Era ao som de Jim Morrison e das suas longas e profundas orações, em plena madrugada e num quarto de janela com vista para a Rua Ferreira Lapa, 33 (entre a Av. Duque de Loulé e a Rua do Conde Redondo - Lisboa) que um jovem português planeava conquistar o mundo (que mais não fosse, o seu).


"We want the world and we want it... now!"

sábado, julho 25, 2009

terça-feira, junho 16, 2009

bom dia noite

Custa tanto acostumar o corpo a deitar mais cedo depois de um período a deitar tarde...


Um xanax, um murro no nariz... haja sono. Vou para o round 2, eu contra a minha imaginação que não pára de perturbar o adormecer necessário. Assim que me deito na cama não paro de pensar no futuro, no presente, no passado ou num momento lixado. A cabeça dá voltas e voltas, tem as ideias mais brilhantes do universo, lembra-se de tudo o que ficou por fazer, do que poderia ter ficado bem melhor e de tudo aquilo que me falta fazer. Claro que assim que me levanto da cama para registar as ideias mais geniais da galáxia, esqueço-me de 98% delas, ou então percebo que são um bocado estúpidas. Manias.


Sono, onde andas tu? E já que a noite muito quente (tropical, mesmo) propícia William Blake, aqui jaz...



A Cradle Song By William Blake

Sweet dreams, form a shade
O’er my lovely infant’s head;
Sweet dreams of pleasant streams
By happy, silent, moony beams.

Sweet sleep, with soft down
Weave thy brows an infant crown.
Sweep sleep, Angel mild,
Hover o’er my happy child.

Sweet smiles, in the night
Hover over my delight;
Sweet smiles, Mother’s smiles,
All the livelong night beguiles.

Sweet moans, dovelike sighs,
Chase not slumber from thy eyes.
Sweet moans, sweeter smiles,
All the dovelike moans beguiles.

Sleep, sleep, happy child,
All creation slept and smil’d;
Sleep, sleep, happy sleep,
While o’er thee thy mother weep.

Sweet babe, in thy face
Holy image I can trace.
Sweet babe, once like thee,
Thy maker lay and wept for me,

Wept for me, for thee, for all,
When he was an infant small
Thou his image ever see,
Heavenly face that smiles on thee,

Smiles on thee, on me, on all;
Who became an infant small.
Infant smiles are his own smiles;
Heaven & earth to peace beguiles.




sábado, junho 13, 2009

"You kind of have to be able to accept things for the way they are, and once you do that I think you can really be comfortable."
Mark Wahlberg
Estás aí? Leste? Sentiste? VAI-TE EMBORA.

sexta-feira, junho 12, 2009

a noite. a noite. a noite. a noite.

Há qualquer "coisa" que nos une a todos. Sermos humanos é uma dessas "coisas", é certo. Outra é todos nascermos, crescermos e habitarmos no mesmo planeta, a Terra. Partilhamos isso, pelo menos. Com a complexidade cerebral vem grande complexidade no dia a dia. Temos de lidar com essa complexidade.
Viver é como uma busca por algo.
Mesmo que encontremos muita coisa, há sempre algo por procurar.
É bom que assim seja.
Nessa busca nem sempre olhamos para o nosso lado.
Nem sempre vemos, percebemos ou nos disponibilizamos a ajudar outros que estão com dificuldades para encontrar a busca mais simples.
Pessoas boas, cheias de virtudes e sorrisos fáceis são atingidas por essa falta de alguém que lhes dê aquilo que elas merecem. Timidez ajuda à equação.
Muitas resistem bem sozinhas. São independentes, mesmo com as pressões da sociedade. Mas isso não deixa de lhes trazer uma sensação de vazio em muitos momentos. Se tiverem vários amigos, verdadeiros, ajuda a ultrapassar esse vazio. Especialmente se eles também estiverem sozinhos.


Um dos hábitos comuns nos homens de parte da minha família, os semot, passa por passear à noite de carro pelas redondezas. O meu avô é campeão desses passeios. O meu pai menos. E eu ainda menos. Ainda assim são passeios que dão para clarificar as ideias e reflectir. Enquanto passamos pelas vivendas da Encosta do Sol, onde caldenses endinheirados fazem contas às suas vidas e pensam como podem colocar o seu dinheiro ao serviço da sua felicidade, respiramos fundo e reflectimos graças à calma e imensidão da noite. Há qualquer coisa de pacificamente inspirador em conduzir pela zona das Caldas à noite (em Lisboa o efeito é semelhante, já experimentei).
Quando passo pela rotunda junto ao tribunal penso nos miúdos cheios de esperança e em busca de animar a sua noite a caminho de um bar ou da discoteca. Rapazes e raparigas, ou só rapazes ou só raparigas. Namorados de uma noite e amizades de uma só escola.
Quando passo pelo Bairro da Ponte vejo alguns velhos a olharem a noite, a questionarem o bairro sobre o tempo que já passou e não volta mais.
Quando passo pelo Café Creme, vejo um homem de meia idade que mudou de vida para ter mais tempo para a família e para si próprio. Uma vida mais calma. Que ele possa controlar e comandar.
Quando passo pelo Xantarim vejo velhos meio tocados a beber a enésima cerveja e a olhar para o televisor, discutindo sobre banalidades desportivas como se fosse o momento mais determinante das suas vidas. Buscam garras e viralidade que o tempo e a sociedade e algumas das esposas apagaram. Vingam-se nas discussões desportivas e na condução revoltada na estrada.
Quando passo por mais um restaurante italiano caldense, um casal com mais de 35 tenta apimentar o seu dia a dia monótono com uma saída à noite. Ela ralha com ele. Ele vira os olhos e bufa quando ela está de costas. Ao lado, um casal da mesma idade tem os dois filhos muito novos na mesa. Riem-se muito um para o outro e beijam-se prolongadamente sempre que podem. Os filhos parecem indiferentes ao marmelanço dos pais. Já o casal do lado olha com um misto de irritação e ciúme pela "marmelada".
Quando passo pelas rotundas junto à biblioteca vejo uma rapariga a caminhar para casa sozinha. É do tipo de raparigas que vão ter com os seus gatos. Ainda não encontraram o que lhes falta. Saem pouco. Vivem pouco. Trabalham e pouco mais. Não acharam o que procuravam. Não desistiram, mas os sítios para procurar são cada vez mais pequenos e ínfimos. Têm poucos amigos verdadeiros. São bonitas mas não ostensivas. Simpáticas mas não extrovertidas. Sorridentes mas não preenchidas. Andam por aí montes de rapazes na mesma situação.
Longe da adolescência e longe do paradigma de adulto. Buscam muitas vezes o mesmo mas não se encontram, não fazem por se encontrar, não fazem por resultar. Não juntam os trapos. E vão todos para as suas casas, vazias. Sozinhas. Vazias. Grandes. Vazias. Com o gato como companhia nova. Um dia vão encontrar companhia para partilhar a vida e vai valer a espera. É nisso que acreditam.

A noite esconde tudo aquilo que buscamos. É o fim do dia. É o fim de mais uma página na nossa vida. Podemos parar, olhar para o que fizemos nesse dia, nessa semana, nesse mês, nesse ano e mesmo nessa década. Podemos parar e reflectir no que vamos fazer amanhã, quando o sol inaugurar mais uma página, o que vamos fazer na próxima semana, no próximo mês, no resto do ano ou na próxima década. A noite traz com ela o olhar de quem espera. De quem busca. De quem vive e aguarda viver mais um dia. A noite coloca tudo em perspectiva, mesmo que seja no final de uma noitada, já de madrugada. A noite leva-nos a tentar perceber o que fizemos e para onde vamos. Mesmo que não façamos a mínima ideia porque fizemos o que fizemos e porque seguimos o caminho que seguimos. A noite deixa-nos na língua o sabor de algo mais, algo que ainda não concretizámos. A noite faz-nos sonhar pelo inalcansável e acreditar que é possível lá chegar, mas também perceber que chegámos ao fim de mais uma página sem alcançar o que procurávamos e a cumprir novamente uma rotina que foi escolhida para nós.
A noite dói. A noite faz sorrir. A noite faz chorar. A noite faz sentir.

domingo, junho 07, 2009

Alone in my old room. Dust and memories. Garbage and treasures.


segunda-feira, maio 18, 2009

o mundo lá fora

As notícias estão cada vez menos frescas e as ideias cada vez menos boas.
Sexta-feira à noite. El Corte Inglès, UCI. Lisboa. As salas de cinema parecem a feira sábado de manhã. Correntes de pessoas passeiam-se de um lado para o outro na entrada e corredores das salas de cinema, entre o desejo de pipocas que podiam ser vendidas ao preço da uva mijona mas custam o mesmo do que a uva Roman Ruby (é muito cara), e uma Coca-Cola que custa 10 vezes menos no supermercado. É proibido trazer pipocas ou Cola de casa. Faz sentido, pelo menos para os bolsos do cinema.
A sessão de Anjos e Demónios esgotou. A pressa por ver blockbusters continua frenética. Ir ao cinema é coisa de massas e começa a ser assunto para se ter massa, já que barato não é. Tenho saudades da calma de um cinema vazio.

Sábado à tarde. Freeport, sem ser o Caso. No meio do "deserto" de Alcochete vislumbra-se ao longe o centro de comércio e caso de polícia Freeport. As espécies da zona devem gostar da companhia. À entrada uma pirâmide de vidro no meio de um mini lago. São as Informações do Freeport. Entrei. Pedi para esclarecerem dúvidas sobre o Freeport que tinha (ainda tenho).
Foram afáveis... até eu ter colocado as perguntas: gostaria de saber informações sobre se houve abuso de poder, prendinhas, beijinhos ou corrupção de José Sócrates, tios, primos, mãe, avó, avô e sobrinhos para que o Freeport tenha sido erguido por aqui?
Não terei sido o único a fazer a pergunta, porque foi-me aplicado de imediato o "Código 333". Basicamente consiste em ser massajado nas costas pelos cotovelos de um senhor que pesa 333 kg (só podia).

Andar às compras, para mim, vem com um limite temporal. Depois do limite ter sido ultrapassado o meu cérebro deixa de responder em tempo real... entra numa outra dimensão. O limite temporal não é certo, varia de disposições. Certo é que após cinco lojas seguidas e 9999 peças de roupa vistas torna-se difícil processar mais roupa. Tudo parece igual. Não apetece experimentar nada, ver mais nada, andar mais nada.

Depois criam-se os cantos dos homens desesperados. Qualquer sítio que dê para sentar é um Oasis, tão raro como os verdadeiros Oasis no deserto (e que tal criarem espaços para os homens poderem estar à vontade numa loja, hein?!).
Os homens concentram-se em locais nada apropriados, à espera das suas analisadoras profissionais de roupa e acessórios. Seja perto dos vestiários, numa secção de lingerie intimidatória (onde os olhares parecem concentrarem-se em nós, o elemento estranho), junto ao guichet onde estamos sempre no caminho de alguém.
Depois tentamos disfarçar, mostrando naturalidade, hábito, brincamos com o telemóvel, olhamos ligeiramente para a roupa (mais a pensar como seria giro despi-la da empregada da loja), avaliamos (sem dar nas vistas) o que se aproveita na loja (não se fala aqui de roupa). Se houver secção masculina podemos passar por lá, por pouco tempo... com medo de nos perdermos.
Uma zona para nos sentarmos sabe a ginja. Zonas com sofás (normalmente perto dos sapatos) chegam a ser uma perdição. Mais curioso é ver que os homens concentram-se logo que podem ali. É um local de eleição. Sentar. Observar. Esperar. Mal o menos.

O máximo que alguma vez consegui comprar sozinho de forma consecutiva foram duas peças de roupa. Depois precisei sempre de um período de desenjoo. Ir às compras já custou menos, curiosamente. Ir a uma ou duas lojas e estar em cada uma no máximo 5 minutos é um privilégio ao alcance de poucos homens.

Domingo. Limpezas pela manhã deveriam ser proibidas em todos os países do planeta Terra. It's a dirty job, but someone as got to do it. Depois de começar até se faz bem. Mas levantar e começar é que demoraaaaa.
Início de tarde. A dúvida gera pânico. Será que a data de entrega do IRS já passou? A pesquisa no Google, mais demorada do que deveria ser (informação de difícil acesso) gera o alívio. Ainda faltam uns dias. Começa-se a juntar papéis, descarregar o programa do site das Finanças e a fazer contas à vida.
Fazer o IRS é uma espécie de fim de ano muito atrasado (são cinco meses de atraso), onde se recapitula 12 meses de vida numa perspectiva financeira, que acaba também por ser profissional e extremamente pessoal. Tiram-se ilações, sobre as conquistas profissionais, os gastos mensais e as grandes desilusões. Porque é que não fiz isto, porque é que fiz aquilo. Interrogações que, estupidamente, só surgem com cinco meses de atraso porque as contas (mais práticas e menos metafísicas) são feitas de forma mais completa com a elaboração do IRS.
O Estado devia-me pagar por trabalho de contabilista. Ter de contar factura a factura, papel a papel, deve ser tão doloroso quanto ser José Sócrates e ler crónicas de jornalistas contra medidas, acções de propaganda e afins sócratianas. O Sócrates processa nestes casos (da forma mais cara e eficiente que existe), será que posso fazer o mesmo relativamente ao Estado e ao meu trabalho como contabilista?
As Finanças deveriam anunciar a proximidade dos tempos de entrega do IRS da seguinte forma:



Segunda-feira de manhã. Uma palavra mal dita para a câmara tira o entusiasmo na edição de uma peça televisiva. Tiram-se lições e fazem-se emendas. É para isso que serve o curso. Depois disso, uma situação chata resolveu-se mais facilmente do que poderia julgar. Voltei a recordar como é ser guiado num automóvel, para variar.

O dia terminou com um regresso a um passado que não volta mais, para o bem e para o mal. Incrível como deixamos que os anos passem por uma parte da nossa vida, até que voltamos a ela e percebemos que deixámos para trás uma parte de nós. Ficou meio esquecida. E o tempo passou. Quando voltamos tudo está na mesma, mas já não é tão nosso quanto foi. Custa, mais do que parecia ser possível.

Sono. Dormir. Amanhã começa tudo de novo. Só que não é de novo. É a meio. Há-que compensar pelo tempo perdido, não desaproveitar o tempo ganho e organizar passado, presente e futuro.



domingo, março 22, 2009

o craque do campo *

Jogar à bola no campo é como aprender a andar. Primeiro custa, depois melhoramos, e finalmente não queremos outra coisa, tornando-se algo que nos acompanha toda a vida.
Jogar à bola no campo tornou-se uma espécie de terapia para mim desde tenra idade. Os adversários são imaginários, já que 90% do tempo jogamos sozinhos. As balizas também são fruto da imaginação, e o mesmo acontece com as vitórias e os títulos.
Jogar à bola no campo acompanhou-me na Primária, quando vinha para casa e fintava as ervas daninhas, as árvores e afins. Bem como no Ciclo, quando falava com a bola sobre o que seria o amor. O mesmo aconteceu no secundário, quando fazia autênticos campeonatos pelo chão de terra, pelos arbustos e com as paredes. Era um grande campeão neste mundo imaginário, que sempre me acompanhou desde que comecei a andar.
Jogar à bola no campo ajudou-me a relacionar-me com o meu irmão, sentir-me bem em ensinar-lhe um ou outro truque. Joguei à bola com ele pouco depois de ter começado a andar, quando eu tinha os meus 17/18 anos. Joguei com ele quando ele já corria bastante e pouco me via, estava eu na faculdade, e ele na Primária. Jogo com ele hoje, e nos dias que correm já é ele que corre mais do eu, já é ele que me ensina uns truques, já é ele que actua num escalão de formação e sou eu que tenho dificuldades em me manter em forma.
Jogar à bola no campo era a terapia que me tranquilizava antes de um teste importante. Era o momento zen antes do teste. Era a pausa física durante do estudo, que me ajudava a concentrar e me tirava alguma da tensão do corpo. Recordo-me que associava aqueles momentos que me ajudavam à concentração a um filme, Uma Questão de Honra. A personagem de Tom Cruise tinha uma bastão de basebol que o ajudava a pensar, a concentrar-se, eu tinha os meus momentos com a bola, um campo e uma parede. Quando cheguei à faculdade e passei a viver na cidade, Lisboa, deixei de ter o meu momento... e isso custou-me mais do que eu pensei na altura.
Jogar à bola no campo fez por mim bem mais do que ajudar a melhorar o meu jogo. A minha imaginação tornou-me campeão dos campeões, craque dos craques, marcador de golos inesquecíveis, conquistador de troféus apetecíveis.
Jogar à bola no campo faz parte de mim.


* Se Fernando Assis Pacheco foi craque na sua Rua Guerra Junqueiro, eu cá fui craque no campo, ali para os lados do Casal do Lavradio, Caldas da Rainha.