No domingo passado (anteontem) jogou o Benfica, à noite, com o Beira-Mar. Incrivel como a viagem de autocarro mostrou essa paixão, essa doença que é o futebol para tanta gente em Portugal. No autocarro seguiam nazarenos barulhentos - incomodativos. Em cada duas frases, uma era sobre futebol. A ânsia para saber o resultado do Benfica era sôfrega. Telefonavam para os amigos, que como é óbvio, estavam a ver o jogo, só para perguntar como estava o jogo… reclamavam com o motorista (aos berros) para pôr o «relato» (essa bela palavra portuguesa). O motorista, com bom senso, recusou porque muitos não deveriam querer ouvir essa metralhadora de palavras que é o «relato». Olho para a rua. Num café uns 20 homens olham obcecados para um televisor. Motivo: «a bola». Claro! Não podia haver outro. Os nazarenos barulhentos gritam. «Olha!!! Ali há bola!!» Mais uma boca para o motorista: «E aqui também devia haver!». Um domingo de 2004. Um domingo de futebol. Um domingo de Benfica – o Sporting até tinha perdido 4-0 (com o Rio Ave), no dia anterior, a vontade era maior.
O futebol é… muita coisa. O melhor desse jogo de domingo? O croata humilde e simpático: Tomo Sokota.
A esta hora joga o FC Porto com o Olympique Lyon - ganha o Porto por 1-0 ao intervalo. Incrivel como dá gosto ver bom futebol. Incrivel como nestas alturas sinto tanto pelo FC Porto (FC Mourinho), como pelo meu «pseudo» clube (agora é SAD).
Não falo mais de futebol.
»»»Lembras-te dos jogos na praia, iamos de bicicleta todos os dias jogávamos raquetes, futebol na areia. Aproveitávamos as ondas pronunciadas da Foz do Arelho. Viamos as preferidas a passar... falávamos com elas, sobre elas. Lembras-te das manhãs de domingo - os jogos na Columbófilia, nas Gaeiras. Tenho saudades.«««