Não interessa como chegam lá, mas existem fortes possibilidades das pessoas erradas lerem os nossos pensamentos. Ou seja, não tarda, podemos estar a exprimir opinião sobre pessoas no trabalho, colegas de escola, amigos de longa data, ou pessoas que simplesmente não gostamos. Podemos também de falar daquilo que nos desagrada na nossa escola ou no nosso local de trabalho. Ao estarmos a expor-nos assim tanto, corremos o risco de poder ferir alguém, ou pior, ser mal interpretados por alguém.
Exemplo: mesmo que não fale de ninguém, só o facto de estar a expor pensamentos que tenho sobre a sociedade, a democracia, a falência da sociedade de consumo, podem levar a alguém a olhar-me com cepticismo ou o contrário, a gostar mais de mim. A verdade é que essas opiniões, nem sempre são a pessoa, são coisas que se pensam em determinada altura, que saem naturalmente, mas que não me fazem ser aquilo.
Dou um exemplo mais concreto. Eu começo a dizer umas coisas sobre a sociedade que aparentam ser comunistas - mesmo não o sendo -, tenho um patrão que odeia comunistas. O meu patrão pensa que sou comunista. Logo o meu patrão começa a pensar ver-se livre de mim.
As situações de opiniões sobre pessoas e acontecimentos são as mais flagrantes. Quando falamos de alguém temos de ter consciência, que ao publicarmos na internet, existe sempre a hipótese de a pessoa em questão ler o que escrevemos. Enfim, é um panóplia de hipóteses que fazem deste meio tão interessante, ao mesmo tempo perigoso.
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Recordo perfeitamente de estar a trabalhar num local - lá estou eu a ser vago para não haver identificação com o local em questão - e de uma colega desse mesmo trabalho, que também é blogger, aconselhar-me a não falar da empresa em que trabalhava no meu blog. Um conselho que me pareceu estranho na altura, mas que fez perfeito sentido um pouco mais tarde. Um conselho que nunca mais esqueci. Obrigado Ana.