Cresci e comecei a trabalhar numa empresa. Passei de ser chamado pelo meu nome próprio ou por uma alcunha inventada durante a faculdade, para começar a ser chamado pelo meu último nome. Agora, quando não me conhecem dizem o meu nome profissional completo - que até é pequeno -, quando me conhecem têm tendência a tratar-me pelo meu último nome.
Para ser sincero irrita-me um pouco. Sempre pensei que só o meu pai era conhecido pelo seu último nome, nunca pensei que me viessem a tratar apenas por isso, mesmo quando já há confiança de trabalho. Foi algo que me surpreendeu quando passei a trabalhar numa empresa.
Por tudo isto, cheguei à conclusão que o melhor é ter um último nome profissional composto - com mais do que uma palavra. Se me chamasse Ricardo Araújo de Pereira, por exemplo, dificilmente haveria alguém que já me conhecia e me trataria por Araújo de Pereira. Por exemplo: "Ó Araújo de Pereira, como vai isso?" Não. Não me parece muito provável, até porque seria um desperdício de palavras bastante significativo - a verificar pela quantidade de vezes que, nos últimos tempos, chamam pelo meu nome.