quinta-feira, julho 15, 2004

Um pedacinho de Malkovich, um pedacinho de mim

Um dos primeiros "nicks" que utilizei, e que mais usei na internet foi BeingJTome ou BeingEmot.

Algo inspirado no filme "Being John Malkovich" que gostei bastante. Significou tanto para mim que adaptei o conceito de uma forma mais pessoal a um nick e a uma maneira de pensar. SerEmot. Foi o que se seguiu numa versão mais portuguesa. Ser "eu" é algo que escapa a qualquer outro ser, mesmo próximo de mim. É a individualidade, as experiências de uma vida aglomeradas, as humilhações e as alegrias mais secretas.
Tudo em nós é secreto, fomos nós que experienciámos e démos valor em determinado momento. Por isso, ser Emot é ser "eu", dia a dia, algo que é misterioso e por vezes exposto, triste e eufórico... mas sou sempre eu... A arte é esse mundo onde podemos mostrar o "nosso" mundo, real ou imaginário. Somos criativos e isso faz toda a diferença.


O mundo visto de uma maneira muito particular...
"Being John Malkovich" - realizado por Spike Jonze e escrito pelo fantástico Charlie Kaufman.
(A tradução do nome do filme para português foi "Queres ser John Malkovich?", para mim era melhor: Ser John Malkovich.

in Publico
John Malkovich: Há quem diga que sou frio e manipulador
Por: Joana Gorjão Henriques

Nasceu e cresceu nos Estados Unidos, mas vive em França, no campo. Há esse "dreamscape" na sua relação com a Europa, uma espécie de fascínio por um outro tempo?
Acho que isso é justo. Claro que na América há pessoas sonhadoras e reflexivas e isso fez certamente parte da minha infância. Os dias passavam-se tão devagar, mesmo devagar. Mas penso que agora é menos assim, também na Europa. Isso ainda existe aqui. É um tempo além da informação inútil, dos dogmas políticos. A vida é mais do que o mundo moderno. Porque as pessoas existiam antes da maioria dessas coisas existirem e, provavelmente, vão continuar a existir depois delas desaparecerem.

[o mundo pode ser mais moderno, mas ser Emot, em blog ou pensamento serei sempre eu... no modo mais simples e humano...]

Disse uma vez que preferia sempre ler o livro a ver o filme. O argumento do seu primeiro filme nasceu de um livro. O que prefere: o livro ou o seu filme?
O mais importante, acho, é o que prefere o escritor. E ele disse-me várias vezes que preferia o filme. Eu adoro o filme. Mas não é como a maioria dos filmes. É muito reflexivo e onírico. Isso está nas personagens, na forma como filmo, em tudo. É mais como um poema.
 
 

A porta para o cérebro de John Malkovich.