segunda-feira, setembro 27, 2004

deste lado do paraíso



Hoje passou um bom documentário, ou pequena aula, sobre o universo... a história das galáxias...
OU MELHOR. Recomeçando: O nosso planeta. O sistema solar. Os biliões de sistemas com muitos mais planetas e estrelas do que o nosso pequeno sistema numa das espirais da Via Láctea. O núcleo da nossa galáxia, que aglomera enorme quantidade de estrelas por milhão de quilómetro. Os biliões de outras galáxias que existem no cosmos celeste (eu gosto de chamar Celeste ao cosmos, é mais humano assim) - e o resto é imaginação. Ah, as galáxias estão-se a afastar umas das outras, como que a ir para o infinito...

Os cientistas dizem que as galáxias têm formas diferentes pelo simples facto de já poderem ter havido choques entre galáxias...
Todo o movimento entre sistemas e galáxias, que andam a milhares de quilómetros por minuto, só é visível (que houve movimento) de milhões em milhões de anos. Algo extraordinário e que ultrapassa a minha, a tua, a deles... ULTRAPASSA a NOSSA COMPREENSÃO. É tudo o que nos rodeia. Enfim.


[O documentário era apresentado por Peter Seleck, vá-se lá saber até apresentou bem... pelo teleponto, mas bem. E é de 1993.]



IMAGINATIVO sou eu. Por isso desde tenra idade, quando comecei a perceber um pouco que o mundo não eram apenas as Caldas da Rainha, nem Portugal, muito menos a Europa ou a Terra, comecei a magicar... a sonhar. OK, existem os átomos. Que têm características em muito semelhantes ao sistema dos planetas e até das galáxias. Uma semelhança fascinante e estranha. Então imaginemo-nos inseridos em átomos, como que se fosse a nossa galáxia, por exemplo. Então. O que está para lá das galáxias?? Porque não um ecossistema de vida em que somos nós que vivemos entre os átomos. E lá por cima no outro ecossistema as galáxias, são aquilo que os átomos são para nós. É inimiginável... talvez... mas que nos meus sonhos de miúdo de 13 anos isso aparecia, sem dúvida. Quem sabe... já outras ideias me passaram pela reflexão. Pelo meu cérebrozito que pensa que pensa.

PERTURBA-ME um pouco pensar em toda a vastidão deste universo. Foi essa perturbação que me fez na escola, aos 13/14 anos, quando comecei a aprender mais coisas sobre o universo a pôr em causa a existência de um qualquer deus. Sou agnóstico desde daí, oficialmente. Ao ver tanto sobre o universo... onde está deus? O mais perto de deus que me posso chegar é aproximar-me de um qualquer crente. Nas missas protestantes, ou missas católicas, já fui às duas, se bem que as protestantes sejam mais interessantes. Há algo que ressalta. Já ouvi por diversas vezes, o padre ou pastor dizer que "deus está dentro de cada um de nós, dentro dos nossos corações, e temos de o encontrar dentro de nós..."
NÃO PODIA ESTAR MAIS DE ACORDO. Fruto do homem... que necessita de uma explicação suprema, mágica para a sua existência e do que o rodeia. Enfim... quero ser crente... é bom acreditar... mas de momento só consigo acreditar em ti e mim. Em nós.

O UNIVERSO ESTENDE-SE PELO INFINITO. Se o nosso planeta é literalmente uma gota no oceano, o que seremos nós? O que fazemos cá? Qual o propósito de existir vida? Porque morre? Os planetas morrem, será que sentem. Sei que há mais vida no universoooooooooo. Como será por lá??????
CONHECIMENTO PRECISA-SE. Talvez me volte a converter. Ou dê em muslim, como o Cat Stevens. Ou da Cientologia de Tom Cruise e também o excelente Val Kilmer. Tudo vale.
Enfim. Ao que parece vou continuar a viver a minha vidinha, num canto de Portugal...
Talvez me torne conhecido pela televisão ou cinema. Seja visto e apreciado por milhões. E o que é e importa isso para o universo? Nada.

HÁ COISAS QUE SEI. A sociedade ensinou-me. Tenho de trabalhar para ganhar dinheiro para comer, comprar roupas da moda generalista, trabalhar anos a fio para comprar casa e carro... Tenho de conseguir um bom emprego, que dê prestigio e dinheiro para me sentir bem comigo. Tenho de amar uma mulher, preferencialmente, para supostamente me sentir completo. Tenho de sentir e apreciar as coisas por vezes, deprimir-me e odiar-me, tem vezes...
OK. Não seria melhor uma comunidade género Amish? Que é mais próximo da alguma antiguidade remota. Queres sitio para viver. Vamos todos construir uma casa, e tu ajudas na nossa. Queres comer. Fazer a comida que comes. Sobra-te imenso tempo para pensar na tua mísera existência. Namoriscar. Amar. Partilhar uma vida com outras pessoas e uma mulher em especial, se possível. Ah, e morrer.

NÃO. Já no secundário me davam estas pancadas... Especialmente antes de testes de história. Memorizava muita informação e na véspera do teste punha-me a pensar no universo, na nossa existência e o porquê de estar a estudar, instruir-me para contribuir para a minha maravilhosa comunidade. Trabalhar na comunidade sobrelotada. Viver na comunidade. Dinheiro. Morte - vai lá sempre dar. Enfim. Lá tentava calar os meus Pensa (mentos) melhor (ou não), e acalmar-me tentando arranjar um minimo de vontade para ir estudar - depois lá conseguia tirar uns 19´s. E volto ao ponto de onde parti: vou esquecer tudo novamente. Dormir para amanhã ir trabalhar, em jornalismo... talvez daqui uns dias me dê a pancada novamente. Tudo pode acontecer.


Ora, galáxias de um lado... nós num quarto no planeta Terra... a reflectir. A querer saber o que eles não dizem... está fora da compreensão, mas nós só queremos algo em que acreditar.



this side of paradise
i'm ridin' in the back seat - nine years old /
starin' out the window countin' the highway poles /
and then i get to thinkin' - that it don't seem real /
i'm flyin' through the universe in a '69 oldsmobile /

i just want something to believe in /
ah - it's a lonely, lonely road we're on /
this side of paradise /
there ain't no crystal ball - there ain't no santa claus /
there ain't no fairy tales /
there ain't no streets of gold /
there ain't no chosen few - ya it's just me and you /
and that's all we got ya...that's all we got to hold on to /
ya this side of paradise /

i remember bein' a little boy in the backseat - nine years old /
always askin' questions - never did what I was told /
and then i get to thinkin' like i always do /
we wander 'round in the darkness but every now and then /
a little light shines through /
BA